Venda de diamantes com redução de USD 135 milhões

Feira Internacional de Minas de Angola
FOTO: PEDRO PARENTE
06 Agosto de 2019 | 13h22 – Actualizado em 06 Agosto de 2019 | 13h20
A Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) vendeu, no 2º trimestre deste ano, 1,5 milhões de quilates (ao preço médio de USD 155,3/quilate), resultando numa receita bruta de USD 232,8 milhões, uma redução de USD 135,8 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Entretanto, o relatório aponta que um aumento das receitas em 3,9%, e uma redução da produção na ordem de 4,2% em relação ao período homólogo de 2018.
No primeiro trimestre de 2019, a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) arrecadou 368,66 milhões de dólares pela comercialização de 2.647.215,12 quilates de diamantes.
O volume total de vendas correspondia a um aumento de cerca de 31,5% em relação a igual período de 2018, tendo o preço médio do quilate situado em 139,26 dólares, representando um “incremento de 6,9%” face ao período homólogo de 2018.
Na sessão desta terça-feira, o secretário de Estado para as Minas, Jânio Correia Victor, explicou que não houve decréscimo na produção, mas o que aconteceu de facto é que a produção de Catoca, referente ao mês de Abril, não foi comercializada, por razões operacionais.
Referiu que o défice nas vendas deste segundo trimestre será colmatado no próximo trimestre.
No segundo trimestre de 2018, a Sodiam, empresa responsável pela comercialização de toda produção diamantífera do país, arrecadou receitas avaliadas em USD 316 milhões.
Do referido valor, 295 milhões e 39 mil dólares (93%) eram provenientes da actividade industrial, enquanto USD 21 milhões e 487 mil (6 porcento) tinham proveniência à exploração artesanal.
Os diamantes comercializados no segundo trimestre do ano transacto (2018) foram essencialmente provenientes das províncias da Lunda Sul (85 porcento) e Lunda Norte 15 porcento.
A referida comercialização foi resultado da produção de dois milhões, 315 mil e 719 quilates, dos quais mais de dois milhões e 146 mil quilates (92 porcento) são provenientes a produção industrial e 169 mil e 270 quilates (7 porcento) da produção artesanal.
Mais de um milhão e novecentos e oitenta e cinco mil, representando 85 por cento do volume eram de origem kimberlítica e 330 mil e 49 quilates (14,3%) de origem aluvionar.
Na altura, o preço médio total do período situou-se em 136,69, sendo que para produção industrial o preço fixou-se em 137,45 dólares e para produção artesanal 126,94.
No global, o sector diamantífero angolano produziu, em 2018, um total de 9,4 milhões de quilates de diamantes, o que permitiu facturar USD 1,2 mil milhões e o aumento da receita em relação a 2017.
Na mesma senda, o Ministério vai analisar, quarta-feira, o 2º trimestre do sector das Rochas Ornamentais e perspectivar o 3º trimestre, onde operam empresas como a Galiangol, HM-Granitos, Metarochas, LDA, DFG-África,LDA, Rupsil e Filhos, Angostone, Geovalor, Marlin e Genine Angola.
A 30 de Julho, o Ministério apresentou o desempenho do sector dos petróleos, relativamente ao primeiro trimestre de 2019, registou-se um aumento nas quantidades exportadas em cerca de 65, 4 mil de barris e comparativamente ao segundo trimestre de 2018 observou-se uma redução nas quantidades de aproximadamente 7,2 milhões de barris.