Unidade de acção

Fotografia: Santos Pedro

Fotografia: Santos Pedro

O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, pediu firmeza e unidade de acção aos países membros da Conferência dos Grandes Lagos,  para que mais facilmente se alcance a normalidade na região.

Manuel Vicente, que discursou na abertura da reunião dos ministros da Defesa do Comité da Conferência Internacional dos Grandes Lagos, adiantou que Angola, ao assumir em Janeiro deste ano a  presidência do órgão, tem a responsabilidade de ajudar com a sua experiência na busca da tranquilidade para que a região deixe de ser palco de conflitos e guerras, e se transforme num espaço de crescimento económico e social.

Para o Vice-Presidente da República, os conflitos na República Centro Africana, no Sudão do Sul e o processo de pacificação no leste da República Democrática do Congo continuam a ser preocupação comum dos países.

Apesar disso, Manuel Vicente reconhece os esforços do Governo e Forças Armadas da República Democrática do Congo, das Nações Unidas, através da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), da União Africana, da SADC e da Conferência Internacional dos Grandes Lagos que levaram à  rendição e à deposição das armas por parte das chamadas Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, nas localidades de Baleusa, no Kivu Norte, Lubumba, no Kivu Sul.

Manuel Vicente, que representou o Presidente da República, José  Eduardo dos Santos,  disse que a  concretização dos propósitos da Conferência Internacional dos Grandes Lagos  depende do empenho comum. Por isso, encorajou os Estados a cooperarem de forma activa na execução de políticas e estratégias para o êxito da missão.

Ao falar da necessidade de execução do programa de acção da organização, Manuel Vicente garantiu que Angola reconhece o empenho da presidência cessante e encorajou o actual presidente da organização a continuar o trabalho desenvolvido até ao momento, para que se continue a reunir êxitos.

Estratégias conjuntas

O  Vice-Presidente da República falou dos esforços e estratégias conjuntas que os países membros da conferência têm realizado para  encontrar os mecanismos e métodos comuns para consolidar o processo de pacificação em curso na Região dos Grandes Lagos e lembrou que, além dos conflitos armados que a sub-região ainda enfrenta, \”há outros males que é preciso erradicar\”.

Manuel Vicente citou como exemplos o tráfico de seres humanos, a imigração ilegal , a exploração ilícita e a pilhagem de recursos naturais, a pirataria marítima e o terrorismo. Na sua opinião, estas acções constituem factores de instabilidade no continente e obstáculos ao desenvolvimento.

Na reunião, que terminou ontem, foi feita a análise do relatório do Comité Regional de Coordenação dos Chefes dos Serviços de Segurança e Informações.

Financiamento para acções

O secretário Executivo da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, Ntumba Luaba, ao intervir também na cerimónia de abertura da reunião de ministros, informou que foi assinado no início deste mês um protocolo entre a Conferência Internacional dos Grandes Lagos e a MONUSCO (Forças de Paz da Organização das Nações Unidas).

Este protocolo, segundo Ntumba Luaba, vai permitir à MONUSCO dispor de uma representação permanente junto do Mecanismo Conjunto de Verificação  Alargado e facilitar as relações de trabalho com este órgão.

O secretário Executivo da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos informou ainda que o protocolo vai permitir a troca de informações essenciais para a pacificação da região dos Grandes Lagos e consolidar o apoio logístico da MONUSCO e o Mecanismo de Verificação Alargado.

Ntumba Luaba afirmou que a situação financeira dos dois organismos de segurança é ainda crítica e depende do apoio exterior.  \”Apesar de a União Europeia ter prometido renovar o financiamento a favor do mecanismo de verificação, a obtenção de resultados positivos depende das contribuições dos Estados membros\”, disse.

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