Turquia disponível para cooperação

Fotografia: Nuno Flash

A Turquia quer cooperar com Angola nos sectores da energia, infra-estruturas e construção. O desejo foi manifestado ontem em Luanda pelo vice-ministro turco da Economia, Adnan Yildirin, à saída de um encontro com o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto.

Adnan Yildirin, que se fez acompanhar de 60 empresários do seu país, sublinhou que a Turquia tem igualmente um grande potencial na indústria de maquinaria, equipamentos e transportes, sectores em que, disse, também pode cooperar com Angola.
O dirigente turco afirmou que Angola e a Turquia são “países amigos” e querem aumentar as suas relações socioeconómicas e culturais. O volume de negócios entre os dois países está avaliado em cerca de 300 milhões de dólares. “A cooperação entre os dois países é positiva. É notável, a cada ano, o crescimento de Angola, mas os empresários turcos dos sectores da energia e construção podem fazer muito mais cá”, defendeu.
Adnan Yildirin disse que a Turquia dá “muita importância a Angola” porque é “um país com estabilidade e que cresce todos os anos”. Com esse crescimento, acrescentou, os dois países podem incrementar o comércio bilateral.
O vice-ministro turco lembrou que a Turquia detém actualmente a presidência do G20 e que Ancara aproveita essa posição para ajudar a solucionar os principais problemas que afectam os países menos desenvolvidos.
A Turquia assumiu pela primeira vez, a 1 de Dezembro do ano passado, a presidência do G20, o grupo das economias mais poderosas do mundo, com o desafio de reduzir as desigualdades e abrir o grupo aos países mais pobres. Na ocasião, o vice-primeiro-ministro, Ali Babacan, declarou que três palavras passavam a ser o lema da Turquia: “a abertura, a realização (das decisões já tomadas) e o investimento”.
“Queremos que o G20 atinja os países de renda mais baixa e se concentre naqueles que não são membros”, disse Babacan e que a Turquia vai encurtar a distância entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos, com o objectivo de reduzir as desigualdades.