Turismo nacional tem grande futuro

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

Com a consolidação da paz em Angola e a construção de novos aeroportos, a reabertura de caminho-de-ferro, a construção e ampliação de terminais portuários e o melhoramento das estradas nacionais, o sector da hotelaria e turismo cresceu como nunca e tem condições para se tornar na grande indústria do futuro.

O director-geral do Instituto de Fomento Turístico Angola, Eugénio Clemente, garantiu ao Jornal de Angola que a indústria do turismo está no bom caminho “e registou um crescimento significativo nunca antes visto, mesmo durante o período colonial”.

Em 12 anos de paz, Angola revelou ser um destino turístico de eleição o que justifica os investimentos provados que estão a surgir.  Além da construção de infra-estruturas adequadas está também em acção a estratégia para a qualificação dos técnicos, o melhoramento dos serviços e a expansão de novas redes hoteleiras e similares. O Ministério da Hotelaria e Turismo está a criar parecerias com a Espanha, Itália e Portugal para transferir experiências na gestão hoteleira e na formação de técnicos no nível básico, médio e superior.

“Com as parecerias, o Instituto de Fomento Turístico de Angola pretende elevar as competências de gestores nacionais e acabar com o grande número de gestores estrangeiros”, acrescentou.

O Instituto de Fomento Turístico de Angola prevê, até ao ano de 2020, movimentar 4,7 milhões de turistas nacionais e estrangeiros, criar um milhão de novos empregos directos e indirectos e abrir institutos médios e superiores para a formação de especialistas em serviços de hotelaria e turismo. O director Eugénio Clemente disse que o crescimento do turismo em Angola, em infra-estruturas e formação dos recursos humanos foi resultado da criação de um ­documento jurídico, em 2011, denominado “Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo”.

O Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo concebido pelo Executivo tem por objectivo criar estratégicas, dinamizar e estabelecer metas a médio e a longo prazo para o renascimento do grande potencial turístico de Angola.

Para fomentar o turismo interno “é preciso articular outros sectores de produção nacional de forma a reduzir os custos de alguns serviços”, disse o director-geral do Instituto. O Instituto de Fomento Turístico de Angola pretende a médio e longo prazo dinamizar os vários pontos de atracção de turistas nacionais e estrangeiros. A estabilidade política e as oportunidades de negócios que Angola oferece fazem com que a maioria dos turistas que visitam o país tenham interesses comerciais e não de lazer, disse o director-geral. “Por isso, o Ministério da Hotelaria e Turismo deseja inverter o quadro para o lazer”. Eugénio Clemente defendeu que o turismo tem a capacidade para democratizar a sociedade.

O director-geral do Instituto de Fomento Turístico de Angola revelou que em 12 anos de paz foram construídos 96 hotéis, 188 pensões e 160 agências de viagens nas 18 províncias, “além de outros serviços que estão associados à indústria”.

Uma nova fase está a nascer no sector do turismo e hotelaria.  Apesar de haver ainda muito trabalho para fazer, Eugénio Clemente está confiante nas estratégias do Executivo para o crescimento de todos os sectores económicos.

A criação de novas redes hoteleiras, a qualidade dos serviços, a arrecadação de receitas e a internacionalização da marca do turismo nacional  depende da participação de todos os angolanos, disse o director-geral do Instituto de Fomento Turístico de Angola.

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