Turismo e Ambiente assinam acordo com National Geographic

ASSINATURA DE ACORDO ENTRE GOVERNANTES ANGOLANOS E RESPONSÁVEL DA NATIONAL GEOGRAPHIC, JONATHAN BAILLIE (À ESQ) FOTO: ROSÁRIO DOS SANTO

ASSINATURA DE ACORDO ENTRE GOVERNANTES ANGOLANOS E RESPONSÁVEL DA NATIONAL GEOGRAPHIC, JONATHAN BAILLIE (À ESQ)
FOTO: ROSÁRIO DOS SANTO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04 Dezembro de 2018 | 18h36 – Actualizado em 05 Dezembro de 2018 | 08h34

Um protocolo de cooperação para conservação, protecção e preservação da integridade biológica e ecológica da área da Torre de água do Cubango-Okavango-Zambeze e da abrangente Bacia de Cubango-Okavango foi assinado nesta terça-feira, em Luanda, entre os Ministérios do Turismo, Ambiente e a National Geographic.

O protocolo, assinado pela ministra do Turismo, Ângela Bragança, ministra do Ambiente, Paula Francisco Coelho, e o vice-presidente chefe da National Geographic, Jonathan Baillie, visa facilitar o desenvolvimento sustentável e fomento do turismo, através do estabelecimento preferencial de condições para o ecoturismo na área do projecto.

Após a assinatura do acordo de cooperação, foi exibido o documentário “Into the Okavango”, financiado e produzido pela National Geographic, retratando uma expedição ambiciosa numa das maiores bacias selvagens do mundo, revelando as suas ameaças e a riqueza de vida que sustenta.

O filme de aproximadamente uma hora e 40 minutos mostra os quase quatro meses que um grupo de pesquisadores da National Geographic (com integrantes de Angola, Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia e Botswana) esteve por dentro da região do Okavango, na sequência do KAZA, projecto do Okavango/Zambeze, percorrendo 2.500 quilómetros.

Ao longo do período de filmagens, foram identificadas pelo menos 353 plantas, 115 peixes, 407 aves, 68 mamíferos, 64 répteis, 35 anfíbios e 40 novas possíveis espécies.

Em relação ao acordo, a ministra do Turismo, Ângela Bragança, explicou que estabelece uma parceria estruturada entre o Ministério do Ambiente, Turismo e a National Geographic, com vista a uma acção integrada de desenvolvimento para a região de Okavango, tendo como base a conservação da biodiversidade, mas também desenvolvimento  do ecoturismo.

Ângela Bragança entende ser necessário preservar a beleza e desenvolver o que existe naquela região, pois se trata de uma acção que tem no seu topo uma orientação do Presidente da República, que define que todos os projectos relacionados com a área de conservação e do turismo devem sobretudo arrastar o desenvolvimento, incluindo as populações, promovendo o seu bem-estar.

Por seu turno, o vice-presidente-chefe da National Geographic, Jonathan Baillie, salientou que a instituição quer trabalhar com o governo para proteger essa área a fim de ser um exemplo nacional e internacional, bem como garantir que essas comunidades beneficiem da sua protecção.

“O nosso compromisso mantém-se em mostrar a beleza e maravilha de Angola para o mundo. Queremos também trabalhar com o governo para proteger essa área e tornar-se um exemplo nacional e internacional”, frisou.

O projecto Wilderness de Okavango é uma iniciativa plurianual para pesquisar a Bacia do Rio Okavango, a maior área húmida de água doce no sul da África e a principal fonte de água para um milhão de pessoas.

Considerado um dos maiores e mais ambiciosos planos turísticos em todo o mundo, Okavango/Zambeze é um projecto transfronteiriço em execução desde 2015, com 278mil quilómetros quadrados, 87 mil dos quais em Angola, abrange quatro países.

As restantes extensões do Okavango/Zambeze pertencem ao Zimbabwe, Zâmbia, Botswana e à Namíbia, com a menor parcela do projecto.

Nos 87 mil quilómetros do território angolano, no Cuando Cubango, o projecto abrange as áreas de conservação e as reservas de Luina e Mavinga, Coutada Pública do Luiana, de Longa Mavinga, Luengue e Mucusse.

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