Total aposta na transferência de tecnologias

Fotografia: Reuters
Desde o início da sua actividade em Angola, a Total E&P Angola tem contribuído para o desenvolvimento da indústria petrolífera com um programa de transferência de tecnologia, de recrutamento e de formação profissional dos seus colaboradores locais.
Em comunicado alusivo à comemoração dos 60 anos da Total em Angola, a petrolífera refere que procura integrar competências locais a todos os níveis, sendo o “conteúdo local” uma componente-chave da sua política de recrutamento.
Nos últimos seis anos, refere o comunicado, a petrolífera recrutou mais de 800 colaboradores, investiu mais de 15 milhões de dólares (1,5 mil milhões de kwanzas) anualmente e pretende continuar a aposta nesse sentido por representar a chave para o sucesso da política de angolanização das suas equipas.
Actualmente, mais de 50 por cento dos membros do comité de direcção são angolanos e alguns dos postos mais importantes do offshore e supervisores de perfuração estão ocupados por nacionais.
Lançamento de livro
A Total E&P Angola, em colaboração com o Ministério dos Petróleos e a Sonangol, realiza, amanhã, em Luanda, uma gala para encerrar o programa comemorativo do 60.° aniversário da sua presença no país.
Durante a gala, a companhia procede ao lançamento do livro “Pioneiros em 1953 líderes em 2013” e exibe um filme de curta-metragem baseado em testemunhos, filmagens e fotografias tiradas ao longo dos 60 anos.
O livro faz uma abordagem voltada para a importância do petróleo no desenvolvimento de Angola e a posição ocupada pela Total E&P Angola na exploração e produção desse recurso. O livro destaca a capacidade de inovação do grupo francês na exploração de novos campos cada vez mais profundos, bem como as suas raízes na sociedade e na economia angolanas por intermédio de várias iniciativas que contribuem para o desenvolvimento. Aborda, igualmente, a questão relativa ao compromisso com a sustentabilidade apoiado por numa visão de longo prazo.
O ponto alto dos 60 anos da Total, cujo lançamento oficial das comemorações decorreu em Março de 2013, em Luanda, foi o baptismo do FPSO CLOV, que tem como madrinha a Primeira-Dama da República, Ana Paula dos Santos. Foi a primeira vez que um FPSO atracou num porto angolano para a integração de um módulo fabricado localmente, no Município de Porto Amboim.
Operações
A Total está presente em Angola desde 1953, data do primeiro decreto de concessão de uma área de pesquisa e exploração de petróleo à Petrofina que passou, em 1953, a chamar-se Fina e que, com a Elf e a Total, constituiu o actual Grupo Total.
A Total operou em activos no onshore da bacia do Congo e, durante 25 anos, no Bloco Três, antes de transferir progressivamente a sua operação para a Sonangol P&P.
O principal activo da Total hoje é o Bloco 17, operado pelo grupo com uma participação de 40 por cento. Situado no offshore profundo, compreende quatro pólos principais, o Girassol-Rosa, Dália e o Pazflor, actualmente em produção, e o CLOV (articulado em torno das descobertas de Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta).
A Total é também operadora do Bloco 32, situado no offshore ultraprofundo, no qual detém 30 por cento. Doze descobertas foram realizadas neste bloco, confirmando o seu potencial petrolífero. Estudos de desenvolvimento estão actualmente em curso para uma primeira zona de produção situada na parte centro e sul da concessão.
Após licitação internacional, a Total assinou no dia 20 de Dezembro de 2011, em Luanda, na qualidade de operador, uma participação de 50 por cento no Bloco 40, e de 35 por cento no Bloco 25.
Na qualidade de associada tem uma participação de 15 por cento no Bloco 39. Tem ainda uma participação de 13,06 por cento na fábrica Angola LNG, que vai ser alimentado, inicialmente, pelo gás associado proveniente dos jazigos dos Blocos 0, 14, 15, 17 e 18.