Terminam exercícios militares “Obangame 2022”
Os exercícios militares conjuntos das marinhas dos países que partilham o Oceano Atlântico, denominados “Obangame 2022″, terminaram, nesta quinta-feira, com simulações de abordagem a traficantes de drogas e de salvamento em alto mar.
Angola, com 120 elementos activos, comandou a zona A, da qual fizeram parte o Brasil, o Congo, a República Democrática do Congo (RDC) e a Namíbia, esta última candidata a membro da Comissão do Golfo da Guiné.
Das simulações feitas, a primeira, com coordenação angolana, resultou na apreensão de grandes quantidades de drogas por uma embarcação namibiana.
Na segunda situação, foi simulado o salvamento de um piloto de um helicóptero MI 8, que havia desaparecido em alto mar, depois da queda da aeronave.
Participaram nos exercícios os Estados signatários do acordo de Accra (Ghana), sobre segurança marítima no Golfo da Guiné, nomeadamente, países da África Central e Ocidental, e outras nações como Estados Unidos da América, Canadá, França, Espanha, Portugal e Brasil.
O porta-voz do exercício, capitão de mar-e-guerra da Marinha de Guerra Angolana Sebastião António Gregório, disse que a acção visou exercitar os acordos internacionais, inter-regionais e regionais, bem como o código de conduta de Yaounde (Camarões), no âmbito da segurança marítima no Golfe da Guiné.
Considerou terem sido realizadas mais de 80 por cento das acções planificadas nos exercícios conjuntos, iniciados no dia sete (7) deste mês.
Sebastião Gregório informou que durante 10 dias as marinhas realizaram exercícios na carta, no mar e em terra, bem como a busca e salvamento.
Por sua vez, o capitão da marinha americana, Athony Smola, que acompanhou os exercícios a partir da Base Naval de Luanda, reconheceu que Angola tem tudo para realizar operações de intersecção e de salvamento sozinha.
Para o americano, “Angola, diante dos desafios ligados à defesa marítima, está mais adiantada e desenvolvida em relação aos outros países africanos e deve manter e trabalhar para melhorar cada vez mais a sua actuação”.
Acrescentou que o objectivo da Marinha dos Estados Unidos é trabalhar com as demais congéneres, no sentido de manter a ordem e a tranquilidade no mar e banir actividades ilegais nas zonas costeiras.
Por seu lado, o tenente de navio namibiano Michael Set-Now Kasita congratula-se com a experiência de Angola na protecção da costa marítima contra o tráfico de drogas e os assuntos relacionados com a busca e salvamento.
Adiantou que o seu país participou com um navio e técnicos de várias especialidades, visando reforçar os laços de cooperação entre as marinhas dos países envolvidos, propondo-se a utilizar os conhecimentos adquiridos em futuras missões de paz.