Tecnólogo destaca uso da internet como principal evolução tecnológica do país
O membro da Associação Internacional da Indústria Tecnológica, António Calongo, destacou hoje, em Luanda, a transição da fase das centrais telefónicas e do telégrafo para o período do uso da internet em redes de computadores, telefones e comunidades como principal evolução tecnológica que o país registou ao longo da sua história.
Em declarações à Angop, sobre os problemas e progresso da internet em Angola, referiu que o uso desta ferramenta nas empresas, instituições escolares, bancos e a instalação do wi-fi nos espaços públicos demonstra que o país progrediu e pode evoluir para interligação de todos sectores, disponibilizando serviços que proporcionem o bem-estar das pessoas.
Para ele, apesar desta evolução é necessário que se aposte mais nesta área para se adaptar a nova fase direccionada à “internet das coisas” (rede que interliga vários tipos de objectos e dispositivos inteligentes que interagem entre si e com as pessoas, tornando o dia-a-dia mais fácil).
Por exemplo, a partir desta rede é possível controlar o estado de saúde de uma pessoa, as luzes de uma casa, localizar um membro da família, fazer a correcção de um texto e outros serviços de forma automático – realçou.
Assegurou que as estimativas de alguns estudos feitos por investigadores desta área do saber indicam que a partir de 2016 a 2020 a aquisição de hardwares e dispositivos para o uso do serviço da “internet das coisas” exigirá um investimento na ordem de 2.5 milhões de dólares por cada minuto, o que significará uma aposta avultada de financiamento.
Este investimento avultado, prosseguiu, conduzirá a melhoria e a abrangência de acesso dos serviços de internet. Por esta razão deve-se primar pela segurança e privacidade dos dados para evitar e combater a pirataria informática relacionada com as evasões de privacidade, ataques de vírus, espionagem de informações de interesses particulares e nacionais, entre outros crimes cibernéticos.
“Os serviços de internet devem ser usados como uma necessidade e não como luxo, para evitar as vulnerabilidades que estão sujeitas as novas tecnologias por razões económicas, políticas e sociais” – aconselhou.
Apelou aos internautas a ter uma educação e preparação adequada, assim como possuir um sistema operativo actualizado e senhas seguras combinadas com outras técnicas online para combater os crimes na internet.