Taxa de penetração de seguros no país é de um porcento

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A taxa de penetração de seguros no país é de um porcento, o que atribui ao sector “larga margem de crescimento”, reconheceu hoje (quinta-feira), em Luanda, o presidente da Agência de Regulação e Supervisão de Seguros, Aguinaldo Jaime.
“A taxa de penetração é ainda muito baixa, significando que o sector tem ainda uma larga margem de progressão”, sublinhou Aguinaldo Jaime quando intervinha no IV Fórum Banca, realizado pelo semanário de economia “Expansão”, cujo tema este ano recaiu sobre a relação entre o sector bancário e o Mercado de Capitais.
“Para isso, é necessário o aumento da literacia financeira, a sensibilização sobre a importância dos seguros e fundo de pensões, a introdução de técnicas mais sofisticadas de gestão de riscos, assim como sistemas mais ágeis de resolução de litígios neste mercado”, disse.
Contrariamente a taxa de penetração, o ramo segurador e do fundo de pensões está em “forte crescimento”, referiu o responsável, notando que só nos últimos três anos surgiram no mercado segurador angolano cinco novos operadores.
“Por haver número considerável de seguradoras em fase avançada de legalização, muito provavelmente teremos no final do ano mais de vinte seguradoras autorizadas, cerca do dobro existente até 2010”, argumentou .
Noutra vertente, Aguinaldo Jaime lembrou o acordo rubricado recentemente em Luanda entre Agência de Regulação e Supervisão de Seguros e a Comissão de Mercado de Capitais, instrumento imprescindível ao alinhamento e partilha de informações entre os reguladores do sistema financeiro angolano.
“A nova Lei das Instituições Financeiras vai um pouco mais longe e cria um fórum tripartido entre o Banco Nacional de Angola, a Comissão de Mercado de Capitais e Agência de Regulação e Supervisão de Seguros e permite que eles coordenem os seus instrumentos de regulação e supervisão do mercado”, disse.
O IV Fórum Banca juntou a elite financeira angolana, os três reguladores que fazem a supervisão dos mercados e ainda membros do Executivo.
A intenção do debate é contribuir para um mercado de capitais moderno em Angola bem como procurar resposta de que forma as instituições financeiras podem ajudar a criar uma bolsa de valores, financiando a economia e o desenvolvimento do país.