TAAG melhora liquidez da tesouraria em 60 por cento

Aviões da TAAG

A disponibilidade financeira da TAAG – Transportadora Aérea Angola, cresceu, desde Outubro de 2021, de seis para 180 dias o fluxo de caixa, representando uma recuperação da tesouraria na ordem dos 40 a 60 por cento, anunciou hoje a Presidente do Conselho de Administração da companhia, Ana Major.

A gestora, que fazia um balanço dos primeiros 100 dias do seu Conselho de Administração, disse que a liquidez de tesouraria da empresa era apenas de seis dias, desde 2019.

Justificou que a melhoria do fluxo de caixa deveu-se à nova estratégia de gestão operacional baseada no maior controlo e contenção de custos e foco na liquidez. Ana Major referiu que a Transportadora Aérea Angolana se encontrava em situação financeira asfixiante ou de fragilidade agravada desde 2019.

Para se atingir este resultado, que considerou ainda longe das expectativas, a responsável da TAAG disse também que foram operadas algumas mudanças e implementadas medidas que visaram garantir alguma solvabilidade da companhia, com uma poupança global de 20%.

Dentre as acções adoptadas destacam-se o sector comercial e operacional, com a reabertura e abertura de novas rotas, sobretudo, o aumento das frequências domésticas semanais de 20 para 44 e as internacionais de 13 para 29 voos.

Falando a jornalistas em conferência de imprensa, adiantou que ainda este trimestre será gradualmente aumentado o número de voos semanais para algumas províncias.

A pretensão da TAAG, segundo a gestora, é alcançar 73 voos domésticos e 51 frequências internacionais semanalmente, até ao final do ano corrente.

Para 2022, um dos grandes desafios da companhia é a ligação de novas rotas como Cabo-Verde, Zâmbia, Ghana, Côte D´Ivoire (Costa de Marfim) e Reino Unido.

“Precisamos encontrar formas de poupar e de trazer receitas para ganharmos autonomia e não ficarmos dependentes do suporte financeiro do Governo, senão estaremos entre as 700 empresas de aviação em dificuldades extremas até mesmo a sua extinção. Queremos uma TAAG moderna, ágil e eficiente e como referência da aviação em África e a preferência na região Austral do continente”, salientou.

Para este efeito, a administração traçou uma estratégia assente em três pilares, “o suporte do Governo e accionistas para a transformação da companhia, a qualificação dos técnicos e a na liderança administrativa e operacional capaz de conduzir a empresa para uma situação auto-sustentável”.

Actualmente, a TAAG conta com 2. 700 trabalhadores, número que poderá ser reduzido no âmbito do processo de reestruturação em curso.

O conselho de administração da companhia de Bandeira tomou posse a 26 de Outubro de 2021, e tem Eduardo Fairen Soria, de 62 anos de idade, como o Presidente do Conselho Executivo (PCE), Ana Francisca da Silva Major, Presidente do Conselho de Administração (PCA), e Lisa Mota Pinto, Steve Taverney Azevedo, Adelaide Isabel de Sousa Godinho, Custódia Bastos e Adelaide de Sousa Godinho como administradores executivos.

Os administradores não executivos, Ana Francisca da Silva Major e Rui Paulo Pinto de Andrade Teles Carreira, este último transitam da anterior administração.

Eduardo Fairen Soria nasceu em Espanha, engenheiro com uma larga experiência no sector da aviação comercial, passou pelo Peru, pela Colombia, sempre ligado a empresas de aviação, e foi co-fundador da espanhola Vueling Airlines.

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