Suíça reconhece empenho de Angola

Fotografia: Cedida pelo Ministério da Defesa

O Governo suíço reconhece o “grande empenho” de Angola na pacificação da Região dos Grandes Lagos, em particular da República Centro Africana, afirmou ontem em Luanda o embaixador daquele país europeu acreditado no país.

Benedict Gubler, que falava no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, e que visou, sobretudo, analisar o quadro das relações bilaterais no domínio da Defesa, referiu que as relações entre os dois países são excelentes. “No ano passado os dois países assinaram um memorando de entendimento sobre consultas políticas”, lembrou.
O diplomata suíço disse acreditar que, depois de eleito para membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2015-2016 e da sua recente presidência naquele importante órgão, no passado mês de Março, Angola vai continuar a sua posição de liderança no continente africano. Benedict Gubler destacou também a iniciativa angolana à frente do Processo Kimberly, tendo ressaltado que as autoridades suíças têm acompanhado com interesse as acções propostas por Angola para a reintegração da República Centro Africana na organização. “Actualmente, trabalhamos para atrair mais investimentos de empresas suíças no mercado angolano”, informou o diplomata, que apontou como meta a intensificação dos laços de cooperação e amizade entre os dois países.
Além de recordar que em Novembro do ano passado foi realizado o primeiro fórum económico suíço-angolano, com a participação de mais de 40 empresas suíças, Benedict Gubler realçou que o seu país também está interessado em concluir, com Angola, um Acordo sobre protecção recíproca de investimentos.
“Abordámos com o ministro (da Defesa Nacional) a parceria entre a Suíça e Angola. Temos algumas empresas suíças interessadas em investir em Angola, mas não podemos revelar nomes, pois estamos em fase de negociação”, concluiu.
As relações político-diplomáticas e de cooperação entre Angola e a Suíça remontam desde os primeiros anos da independência nacional.