Sector não petrolífero crescerá 5,1%/ano

SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 2018-2022 À CLASSE EMPRESARIAL FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 2018-2022 À CLASSE EMPRESARIAL
FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

03 Julho de 2018 | 15h14 – Actualizado em 03 Julho de 2018 | 15h14

O crescimento médio anual da economia não petrolífera de Angola se situará em 5,1 por cento, no período de 2018-2022, declarou hoje, em Luanda, o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.

Os sectores responsáveis para esse crescimento serão a agricultura, com uma taxa média anual de 8,9 por cento, pescas com 4,8 porcento, indústria transformadora com 5,9 por cento, serviços incluindo o turismo com 5,9 porcento e da construção com 3,8 porcento.

Segundo o ministro de Estado, que falava para classe empresarial, numa sessão pública de apresentação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), no período em referência o sector petrolífero terá um crescimento médio anual negativo de cerca de 1,8 porcento,   o que significa que o sector não petrolífero terá de ter um crescimento suficientemente forte para contrabalançar este sinal negativo da indústria extractiva de petróleo.

Na sua óptica, para que as metas sejam alcançadas é necessário ser rigorosos e muito focados na implementação do Programa de Apoio à Produção Nacional, da promoção das exportações e substituição das importações (Prodesi), por ser um dos principais programas do Plano de Desenvolvimento Nacional.

Por esta razão, o ministro enfatizou que a estabilização macroeconómica constitui um meio necessário para aumentar a produção nacional, tornar os empresários mais fortes e competitivos, promovendo as exportações fora do sector petrolífero e substituir as importações.

A estabilização macroeconómica, segundo Manuel Júnior,  continuará a ser um dos grandes objectivos a alcançar no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022), apresentado hoje, aos empresários.

Entende que o aumento da produção nacional e a diversificação da economia são um imperativo nacional, como tem insistentemente referido o Presidente da República e titular do Poder Executivo, João Lourenço.

” Se não tivermos uma economia forte, sustentada e diversificada não conseguiremos resolver de modo satisfatório os sérios problemas sociais do País, tal como o desemprego, fome e a miséria “, recordou.

Lembrou que as projecções, efectuadas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, indicam que nesse período a economia nacional deverá ter um crescimento médio anual em termos reais de três porcento. O governante disse que numa primeira fase o país deverá ser auto-suficiente no tocante à produção alimentar, deixar de importar alimentos de amplo consumo e passar a produzir domesticamente.

Na visão do ministro, a pressão sobre as divisas será menor e a poupança neste domínio servirá para investir mais intensamente em áreas reservadas ao desenvolvimento estratégico do país, como a educação, saúde, ciência e a tecnologia.

Apontou que o aumento da produção nacional permitirá criar mais empregos e aumentar os rendimentos das populações e a consequente qualidade de vida dos angolanos e a combater a pobreza, um trabalho a ser desenvolvido fundamental pelo sector privado, estando o Estado com o papel de agente coordenador e regulador de todo o processo, criando as condições necessárias para que os investimentos, sobretudo os do sector privado, quer nacional como internacional para encontrarem o ambiente necessário que assegure um retorno satisfatório e adequado do capital por eles investidos.

O PND 2018-2022 traz 83 programas e passa a ser o principal documento de planeamento e de orientação de toda a acção do Executivo, ou seja, nenhum projecto ou actividade do executivo será inserido no Orçamento Geral do Estado se não estiver enquadrado num dos programas do Plano de Desenvolvimento Nacional.

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