Satélite garante ligação com o mundo
O presidente da comissão executiva da empresa angolana Angola Cables, António Nunes, assinou, ontem, em Luanda, um contrato no valor de 160 milhões de dólares com a Nec Corporation, empresa japonesa que vai construir o sistema do cabo de fibra óptica submarina com cerca de 6.000 quilómetros que vai permitir a ligação entre Angola e o Brasil e ligações directas entre África e o continente sul-americano.
O cabo vai ser construído antes do final do ano e fica operacional no final de 2016. O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse na oportunidade que Angola tem nesta altura 20 mil 20 mil quilómetros de fibra óptica já instalados. “Há necessidade de prestar serviços ligados às tecnologias de informação a todos os cidadãos com qualidade e a preços acessíveis”, referiu o ministro.
O Executivo decidiu, por isso, desenvolver o projecto de construção do satélite angolano Angosat a ser lançado em órbita em 2017 e vai permitir ligar as redes de fibra óptica a todas as regiões do país assegurando o desenvolvimento de um programa espacial nacional para transferir tecnologia e conhecimento, explicou José Carvalho da Rocha.
O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação acrescentou que a Angola Cables foi criada em consórcio entre a Unitel, a Movicel, a Telecom NStelecom e a Startel que representam uma parceria público-privada e tem materializada a estratégia de acesso aos cabos submarinos que vai tornar Angola numa aba africana
José Carvalho da Rocha citou o discurso do Presidente da República de 15 de Outubro último: “Um sistema eficiente e operacional de telecomunicações é um factor decisivo de comunicação e integração da economia e do território nacional mas também um instrumento de autonomia e soberania nacional e de bem estar dos cidadãos e de competitividade das empresas num mundo cada vez mais global.” Aristides Safeca, secretário de Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, fez a apresentação do projecto do satélite angolano Angosat e disse que ele se enquadra na estratégia do Estado angolano para a criação de competências da tecnologia espacial nas telecomunicações.
“Estamos a formar 23 técnicos no exterior do país através da cooperação japonesa e russa”, informou o secretário de Estado Aristides Safeca, mostrando-se particularmente satisfeito com a as vantagess da instalação da fábrica para o país.