Ritmo de relações ganha intensidade

Fotografia: Paulo Mulaza

Angola e China concordaram em dar um novo ritmo à cooperação, com a introdução de um modelo mais dinâmico capaz de atrair maiores investimentos para a industrialização do país, disse a secretária de Estado Ângela Bragança.

A decisão foi tomada, em Pequim, na reunião da Comissão Orientadora da Cooperação Económica e Comercial entre Angola e a China. A secretária de Estado para a Cooperação recordou que Angola tem os recursos e a China capacidade tecnológica que pode apoiar o desenvolvimento e que, por isso, é importante dar novo ritmo à cooperação. Ângela Bragança, que falava à imprensa no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, no regresso da China, onde uma delegação multissectorial chefiada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, analisou com autoridades daquele país a cooperação bilateral, anunciou para Maio um encontro da Comissão Mista em Pequim.
O encontro do próximo mês, referiu, destina-se a desenvolver os aspectos centrais da cooperação, com base nas conclusões da reunião da Comissão Orientadora. Como áreas de cooperação foram identificadas as ligadas ao processo de diversificação económica em Angola, principalmente a Energia, Indústria, Agricultura, Minas e formação de quadros.
“A energia surge em primeiro lugar, devido à necessidade de se desenvolver a rede eléctrica e a agricultura, tendo em conta a importância de criar uma cadeia que possa ir da produção e escoamento de produtos até ao seu processamento”, declarou.
No encontro da Comissão Orientadora foi reafirmada a necessidade da consolidação da parceria estratégica com a China, no quadro do apoio que pode dar ao cumprimento das metas fixadas no Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola 2013-2017.
Ângela Bragança, que considerou a visita positiva, referiu que esta sessão da Comissão Orientadora resultou da decisão do último encontro realizado entre o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. Da delegação que esteve na China fez também parte o ministro da Energia e Águas.