RESSALTADA FORMAÇÃO DE QUADROS PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA PETROLÍFERA
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse, esta segunda-feira, que o desenvolvimento da indústria petrolífera no país passa pela formação de quadros.
Tendo em consideração que Angola importa cerca de 80% dos derivados de petróleo que consome, por falta de capacidade de refinação interna, aponta Diamantino Azevedo, é imprescindível a capacitação dos quadros, de forma a dinamizar o desenvolvimento da indústria e da economia nacional.
O governante, que falava na abertura do relançamento do Centro de Formação Marítimo de Angola (CFMA), frisou que tendo em conta que a actividade de produção e exploração de petróleo exige investimentos avultados em tecnologia, infra-estrutura, há toda a necessidade de se capacitar o capital humano, de modo a tornar a indústria mais eficiente e capaz de resolver todos os desafios impostos por essa actividade.
“Num momento em que Angola está empenhada em atrair investimentos e em promover parcerias e negócios, em todos os segmentos da cadeia de energia e da indústria petrolífera, o relançamento do centro de formação permite dar a conhecer melhor, aos potenciais investidores estrangeiros, a visão que o país tem no que toca a quadros nacionais”, frisou.
Além de vários decretos presidenciais, que regulam a actividade petrolífera, prosseguiu, foram aprovados diplomas no domínio jurídico-legal, com destaque para a legislação que estabelece os princípios gerais de investimento e o respectivo regime fiscal para as actividades de prospecção, pesquisa, avaliação, desenvolvimento, produção e utilização do gás natural
Sendo este sector de capital intensivo e de tecnologia avançada, destacou que a sua importância será ainda maior se passar a incorporar, de forma crescente, mão-de-obra angolana qualificada e gerar riqueza para as famílias angolanas.
“A intenção é que, através do processo de revisão da Lei do Conteúdo Local, as empresas petrolíferas cumpram os seus planos de formação e promovam o recrutamento, integração, formação e desenvolvimento de quadros técnicos angolanos, em toda a cadeia na hierarquia da indústria petrolífera, aumentando assim para níveis aceitáveis o grau de angolanização do sector”, afirmou.
Apesar dos esforços que estão a ser feitos para a diversificação económica, os produtos petrolíferos continuam a dominar as exportações (actualmente, constituem mais de 95% do total).
Sobre o Cento de formação Marítimo de Angola (CFMA)
O CFMA foi patrocinado pelas associadas da Sonangol no Bloco 16, com vista a formar quadros angolanos para servir o sector marítimo, para que Angola passe a ser auto-suficiente neste sector.
O centro oferece formação básica e especializada de técnicas ligadas ao sector do Petróleo e Gás.