Reserva de ouro do país vale mais de um bilião de dólares

As reservas minerais de ouro existentes no país rondam, neste momento, em torno de 21.562 toneladas de metal contido (in situ), com valor calculado em 1,07 biliões de dólares, considerando o preço de referência do mercado mundial de 50 mil dólares por cada quilograma.
Para travar a exploração ilegal do ouro, a Agência trabalha em parceria com as forças de defesa e segurança e as autoridades tradicionais, para responsabilizar os prováveis insurgentes da actividade legal. A perda com a exploração ilegal é alta do ponto de vista financeiro e material “Perde-se muito porque o “modus operandi” é sofisticado e muito ouro vai parar no mercado informal com prejuízos avultados”.
Refinaria
A implementação de uma refinaria de ouro no país é meta urgente que a Agência quer atingir e valorizar a produção, porque segundo consta, o metal explorado é vendido em quilos de ouro de forma bruta, não ouro refinado; isto em barra com custo inferior a 57 mil dólares pelo kilo no mercado externo.
“O ouro que produzimos em Angola é bruto, precisamos retirar as impurezas que vêm acompanhadas do ouro para valorizar mais no mercado internacional”, disse o administrador.
João Chimuco considera que os indicadores produtivos do ouro tendem a aumentar nos próximos anos, para proporcionar emprego e criar uma actividade de exploração mineira forte e consolidada, que assuma o papel de contribuir para a economia nacional.
Exportados 50 quilogramas este ano
Angola exportou, até este ano, cerca de 50 quilos de ouro bruto para Portugal, Emirados Árabes Unidos e China, gerando um encaixe de 2,5 milhões dedólares, como resultado da produção em fase incipiente do metal, iniciada há dois anos em três províncias do país.
O administrador executivo da Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRM), João Chimuco, avançou que a exportação do metal resulta da implementação de quatro pequenos projectos de exploração que estão a ser implementados nas localidades do Chipindo e Chicuamone, na província da Huíla, Sambot, no Huambo, e Buco-Zau, em Cabinda.
Contudo, disse, a em-presa certificada para a exploração do ouro na região de Cabinda, apesar de estar na fase preparatória, teve um aval para executar a actividade.
“Já existe uma exploração mas ainda não foi declarada, porque aí existe um trabalho que deve ser feita pelos agentes de exploração de ouro naquela localidade. A exploração já ocorre, mas em números muito pequenos”, afirmou João Chimuco.
Neste momento, a Agência atribuiu 32 títulos mineiros. Destes, 10 são de exploração e 22 estão virados para a actividade de prospecção. Todavia, alerta que apesar de ter-se o título, não quer isso dizer que se esteja a explorar, mas sim numa fase de desenvolvimento mineiro transitório, prospecção e exploração.