REFINARIA DE CABINDA

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Ministro Diamantino de Azevedo esclarece atrasos

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, afirmou que Executivo continua “bastante empenhado” com o parceiro privado na construção da Refinaria de Cabinda.

Ao discursar na cerimónia de cumprimentos de fim-de- ano, no Ministério que tutela, Diamantino de Azevedo, reconheceu, contudo, o atraso na execução das obras.

“Mas é preciso ter em conta que o atraso se deve, também, aos aspectos da economia mundial e da nossa economia. Para além do Covid-19, temos também agora a guerra na Ucrânia e outros aspectos que tivemos. Há um atraso e nós também reconhecemos”, sustentou.

Segundo o ministro, no âmbito da estratégia de refinação de petróleo em Angola, o Executivo continua a desenvolver, também com um parceiro privado, a refinaria do Soyo e foi reactivada pela Sonangol a construção da Refinaria do Lobito.

Em relação ao armazenamento dos derivados do petróleo em terra, o ministro assegurou que a Sonangol está bastante empenhada em terminar a primeira fase do terminal oceânico da Barra do Dande.

“Espero que daqui a um ano e meio possamos terminar esta primeira fase e assim, de uma vez por todas, resolvermos a questão do armazenamento dos derivados de petróleo em terra”, realçou.

Diamantino de Azevedo garantiu a continuidade desses projectos no domínio dos petróleos, para que o país tenha capacidade suficiente em termos de refinação e exportação de derivados.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse estar em fase de finalização os planos de desenvolvimento sectoriais, nomeadamente para os sectores mineiro e petrolífero, respectivamente.

“Este plano de desenvolvimento sectorial será a componente do nosso Ministério para o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023 – 2027, que será aprovado pelo Executivo”, esclareceu.

O governante disse que no actual mandato, o Executivo pretende aprofundar o conhecimento geológico, com prioridade para os minerais críticos para a transição energética.

De acordo com o ministro, uma atenção especial será dada a melhoria do conhecimento geológico dos “agrominerais” para que o país possa ser auto-suficiente em fertilizantes para o sector Agrícola.

“Vamos dar uma atenção especial a melhoria do conhecimento geológico dos minerais como fosfato, potássio, gesso e outros que são importantes para a composição dos fertilizantes e depois a sua aplicação no processo agrícola”, frisou.

Ainda nesse domínio, disse que o Executivo quer o surgimento de mais projectos mineiros e que a actividade de produção do ouro aumente.

“E é um sector em que podemos ter ainda mais empresários nacionais engajados na actividade de exploração do ouro”, referiu.

Na ocasião, o ministro advertiu que o Executivo vai em breve fazer o uso da lei para que as empresas que requereram direitos mineiros e não estão a usar lhes sejam retirados os direitos para dar a outras, que efectivamente querem trabalhar.

O responsável revelou, ainda, que pelo menos mais dez fabricas de lapidação vão ser construídas pela ENDIAMA e outras 19 pela SODIAM.

“E faço esse anúncio público aqui para que os empresários nacionais interessados se dirijam a SODIAM para saber sobre essas fábricas que se pretende construir no Polo de Saurimo”, disse, acrescentando que um outro Pólo de lapidação será construído no Dundo, na Lunda Norte.

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