Redução de casos em Angola “está dentro do que era esperado” – OMS

A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola considerou que a redução significativa de casos de Covid-19 no país “está dentro do que era esperado”, na medida em que foram tomadas as medidas para isso.

Djamila Cabral exprimiu satisfação pelo facto de se estar a viver um momento de regressão significativa do número de casos, de óbitos e de internamentos por Covid-19.

No passado domingo, Angola reportou zero casos novos e nenhuma morte devido à doença, num total de 2.312 testes PCR, o que não acontecia desde os primeiros tempos da pandemia no país lusófono, que diagnosticou as primeiras infecções em 21 de Março de 2020.

Para a representante da OMS, citada pela Lusa, as razões por detrás dessa baixa, pelo que se sabe e se conhece hoje em relação a Covid-19, devem-se às medidas tomadas e ao aumento da vacinação.

“As medidas foram tomadas quando tivemos o aumento de casos de forma espectacular, entre fins de Dezembro (2021) e Janeiro, que foi provocado pela variante Ómicron, e que se verificou na grande maioria dos países esse tipo de aumento (…) em seguida, quando se tomaram as medidas que se deviam tomar, o número de casos também baixou, como aconteceu em vários países”, frisou.

“E não nos podemos esquecer também que as acções para garantir uma cobertura vacinal contra a covid-19 continuam com o mesmo vigor e que temos também uma população que está mais bem imunizada, mesmo que ainda se tenha de fazer muito mais para garantir a imunização do maior número de pessoas”, disse Djamila Cabral.

Instada a comentar a contradição entre o desrespeito visível das medidas de protecção individual, como o uso de máscaras, e a redução de casos, a responsável concordou que há “sempre essa impressão de que o cumprimento das medidas não é respeitado por todos”.

“Temos essa sensação, mas penso também que hoje em dia temos uma população que está muito mais sensibilizada com a questão da lavagem das mãos, com a questão do distanciamento. Não é todo o mundo, mas há uma consciência generalizada de que é necessário tomar algum cuidado”, sublinhou.

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