RASD SOLICITA APOIO A ANGOLA

O embaixador da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) em Angola, Hamdi El Jalil, solicitou apoio e solidariedade de Angola, para ajudar a pôr termo à ocupação de uma parte do território daquele país africano, por Marrocos.

O pedido foi revelado pelo diplomata esta quarta-feira, em Luanda, à imprensa, à saída de uma audiência com o presidente do Parlamento angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Disse ter informado ao presidente da Assembleia Nacional a situação actual no território também conhecido como Sahara Ocidental, concretamente, o conflito que opõe o seu país e Marrocos e pedir apoio do Governo angolano para autodeterminação do povo saraui.

“Somos dois países africanos, membros da União Africana (UA) mas, lamentavelmente, Marrocos ocupou pela força militar uma parte do meu país”, sublinhou.

O diplomata lembrou que, em função dessa ocupação, Marrocos ficou fora da UA durante 32 anos, tendo regressado ao seio do organismo africano em 2017, “mas persiste com a política de ocupação, o que contraria os princípios da UA”.

O Governo da República Árabe Saharaui Democrática está exilado em Tindouf, Argélia. Controla a área leste do Muro Marroquino, no Sahara Ocidental, que chama Zona Livre. Bir Lehlou, a capital temporária, está dentro desta área.

A RASD foi proclamada pela Frente Polisário em 27 de Fevereiro de 1976, em Bir Lehlou, no Sahara Ocidental, controla cerca de 25 por cento do território que reclama como seu.

Com o fim do domínio colonial espanhol do Sahara Ocidental, em 1975, Marrocos anexou aquela parcela de território, iniciando um conflito com a Frente Polisário, que reivindica representar o povo saraui.

A RASD é reconhecida internacionalmente por 50 Estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro da União Africana, mas não tem representação na ONU.

Angola e Índia reforçam cooperação

A embaixadora da Índia em Angola, Pratibha Parker, anunciou, esta quinta-feira, a disponibilidade do seu país participar no crescimento económico de Angola e aprofundar as relações de amizade e cooperação entre os dois Estados.

“Vamos fazer com que empresários indianos invistam cada vez mais em Angola”, disse a diplomata, à saída da audiência com o presidente do Parlamento angolano.

Fez saber que existem muitos comerciantes indianos em Angola, mas a pandemia da Covid-19 tem estado a criar algumas dificuldades.”Esperamos que tão logo a situação se normalize possamos incrementar as relações comerciais”.

 

A diplomata disse, ainda, ter explicado ao seu interlocutor sobre o sistema parlamentar do seu país.

“A India é uma das maiores democracias do mundo, adoptamos a nossa Constituição em 1850 e a democracia parlamentar está bem representada”, concluiu.

No seu discurso de tomada de posse, em 2017, o Presidente João Lourenço elegeu a Índia como um dos parceiros importantes e privilegiados a quem Angola deverá dar primazia no âmbito do aprofundamento e reforço da cooperação bilateral.

A Índia oferece anualmente várias bolsas de estudo para cursos de pós-graduação e outras vagas no âmbito do programa de cooperação técnica e económicas.

As trocas comerciais entre Angola e a Índia começaram em Outubro de 1986.

A balança comercial entre os dois Estados tem tido uma evolução crescente de importações e de exportações. As importações estão mais relacionadas às áreas do petróleo, havendo agora a intenção de diversificar em vários setores de actuação.

Angola importa daquele país essencialmente produtos farmacêuticos, máquinas agrícolas, materiais eléctricos, veículos automóveis, entre outros.

As relações entre Angola e Índia datam de 1761 (época da colonização portuguesa), altura em que algumas regiões da Índia (Goa, Damao e Dio) eram consideradas, tal como Angola ,territórios portugueses.

Os dois Estados estabeleceram relações diplomáticas em Julho de 1979.

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