Quase duas centenas de financiamentos

Fotografia: Eduardo Pedro
O programa Angola Investe, introduzido pelo Executivo no mercado em meados de 2012, financiou 187 projectos empresariais em 32.886 milhões de kwanzas, anunciou ontem, em Luanda, o ministro da Economia.
Abraão Gourgel, que falava para empresários do sector da Hotelaria e Turismo, disse há 288 projectos aprovados para financiamento, o que eleva o crédito para 55.377 milhões kwanzas. O Fundo de Garantia de Crédito emitiu 215 garantias a favor das empresas envolvidas na obtenção dos empréstimos para esse programa institucional.
O ministro da Economia reuniu-se com responsáveis institucionais e operadores para os informar sobre o acesso à iniciativa de financiamento do Executivo. Os empresários da hotelaria e turismo, garantiu, têm acesso ao Angola Investe tal como os de outros sectores, desde que apresentem um estudo de viabilidade e se registem no Instituto de Nacional de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) para a sua classificação e posterior tramitação do empréstimo por um banco comercial.
Abraão Gourgel sublinhou que nesta fase os empréstimos para o sector privilegiam o financiamento à construção de infra-estruturas e equipamentos de hotelaria e turismo. O ministro da Economia considerou ser essa a melhor maneira de diversificar a produção, criar sustentabilidade e substituir a preponderância do petróleo, “um recurso esgotável”, na economia nacional.
O ministro partilhou a opinião dos que criticam a burocracia ligada ao programa Angola Investe, atribuindo a lentidão na aprovação de alguns projectos à deficiente concepção dos estudos de viabilidade, falsas declarações de exequibilidade e má estruturação dos documentos.
No financiamento de negócios, referiu, o Estado entra com 70 por centro do valor do crédito, o banco comercial com 30 e o promotor do negócio com as garantias de risco. O Estado, realçou, conta com o sector privado para tornar sustentável o desenvolvimento económico por ser capaz de gerar valores e a riqueza necessária para o mercado nacional.
O ministro da Hotelaria e Turismo, Pedro Mutindi, declarou que apesar dos esclarecimentos de Abraão Gourgel serem animadores, “só a existência de um fundo para o fomento do turismo pode facilitar melhor posicionamento da classe empresarial”. No encontro participaram o ministro da Indústria e Turismo de São Tomé e Príncipe, Demóstenes Pires dos Santos, vice-governadores provinciais para o Sector Económico e operadores desse mercado.