Produção de fosfatos começa em breve

Fotografia: Paulo Mulaza

Fotografia: Paulo Mulaza

A província do Zaire vai dar início à produção de fosfatos no Pólo Industrial do Soyo dentro de dois anos, na sequência de um memorando de entendimento assinado segunda-feira, em Luanda, entre os Ministérios da Indústria, Geologia e Minas e a empresa Vale Fértil.

O acordo permite a construção de um complexo industrial, bem como a transformação de fertilizantes e fosfatos produzidos na área do Lukunga.
A primeira fase do projecto está avaliada em cerca de 100 mil dólares (12,7 milhões de kwanzas) e prevê a exportação de 450 mil toneladas. Uma parte da produção global destina-se ao mercado interno, permitindo trazer benefícios para a economia do país.
O responsável da empresa Vale Fértil, António Mota, disse que a produção de fertilizantes no país vai pôr fim à importação e permitir o aumento da produção agrícola.
O início da construção do complexo industrial está previsto para o próximo ano, enquanto  a exploração acontece a partir de 2017.
O empresário António Mota referiu que a segunda fase do projecto, avaliada em cerca de um milhão de dólares (cerca de 127 milhões de kwanzas), ainda não tem data de execução, mas prevê a produção de fertilizantes de alta qualidade e valor acrescentado para a exportação.
A empresa Vale Fértil, que prevê criar 500 empregos, iniciou o trabalho de prospecção em 2008, estimado em cerca de oito milhões de dólares (mais de mil milhões de kwanzas). A no acto de assinatura do memorando, a ministra da Indústria, Bernarda  Martins, disse que “o projecto da Vale Fértil vai servir como âncora para o desenvolvimento do Pólo Industrial do Soyo. Temos a certeza de que a infra-estruturação desta parte do projecto será uma componente muito importante para todo o resto do pólo”.
Por seu turno, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, considerou que a assinatura do acordo representa uma mais-valia, pois o país tem um sector agrícola forte e os fertilizantes jogam um papel muito importante.
“Projectos desta grandeza não decorrem só no sector onde nascem (Geologia e Minas),  mas existem outros sectores que concorrem para o êxito do mesmo. A indústria é um sector que indubitavelmente está associada à actividade mineira por causa da transformação”, referiu.
O ministro disse que o Executivo defende a exploração e transformação local de minerais, pois “o fertilizante é um produto importante e estratégico para o desenvolvimento e sustentabilidade do crescimento económico do país”.

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