Produção de energia aumenta no país

Fotografia: Paulino Damião

Fotografia: Paulino Damião

Angola prevê quadruplicar a capacidade de produção de energia até 2025, revelou em Oslo, Noruega, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante uma audiência com o ministro dos Petróleos e Energia daquele país, He Tord Lien.

“O nosso grande objectivo é atingir nove mil MW até 2025, isto significa multiplicar por quatro a capacidade actual e o grande recurso é a produção hídrica”, disse o ministro João Baptista Borges.

O ministro informou que o potencial do país inventariado ainda no tempo colonial é de 18 mil MW, sendo possível ampliá-lo com as novas tecnologias.

“Desenvolvemos particularmente a capacidade energética do Médio Cuanza, que tem uma potência de cerca de sete mil MW. Neste momento estamos a construir o aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que acrescenta ao sistema eléctrico nacional mais de 2.000 MW”, disse.

Outras acções desenvolvidas e em curso, disse o ministro, são a conclusão da reabilitação e modernização da primeira Central de Cambambe, o alteamento da barragem de Cambambe e a construção da segunda central de Cambambe, que no final das obras vai ter 960 MW.

O ministro informou também que arranca a construção do projecto Caculo Cabaça, que vai ter uma capacidade de geração de 2.100 MW.  No Soyo, prosseguiu, vai ser construída a Central do Ciclo Combinado, com capacidade de produção de 750 MW, para atender o Norte do país e particularmente Luanda. Estas centrais hidroeléctricas e térmicas vão gerar cinco mil MW.

João Baptista Borges apontou ainda como prioridade nos próximos anos a construção de mini hídricas para atender as zonas mais distantes da rede nacional.

A Noruega presta assistência técnica no domínio da revisão da Lei Geral de Electricidade, que ainda este ano deve ser submetida à apreciação do Executivo. se à realidade actual para atrair o investimento privado, estando igualmente em curso a reforma do papel da entidade reguladora.

Ainda em relação à cooperação com a Noruega, João Baptista Borges afirmou que Angola pode aproveitar as acções de formação de quadros na área de gestão de recursos hídricos e elaboração do inventário dos recursos.

O ministro norueguês dos Petróleos e Energia, He Tord Lien, garantiu que o seu país pretende expandir a cooperação com Angola, em termos de produção energética, gestão de recursos hídricos e formação de quadros.  Durante dois dias a delegação angolana reuniu-se com governantes noruegueses e membros da associação de empresários noruegueses.

Em Estocolmo, a delegação angolana, encabeçada pelo ministro João Baptista Borges, visitou a Empresa ABB, uma das lideres mundiais na produção de sistemas de automação, que possui uma sucursal em Angola. Posteriormente, deslocou-se ao Centro de Tratamento de Águas Residuais de Estocolmo, onde os resíduos sólidos servem para produção de biogás.

O director-geral do Instituto Nacional de Recursos Hídricos, Manuel Quintino, visitou o Instituto Internacional Sueco de Recursos Hídricos (SIWI), onde fez uma apresentação sobre o potencial dos recursos hídricos de Angola, da Lei das Águas e sua Regulamentação.

 O programa de visita do ministro da Energia e Águas à Suécia inclui a participação numa mesa redonda sobre energia na África Austral e a visão de Angola.

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