Produção agrícola tem ajuda japonesa
A Embaixada do Japão em Angola e a Organização Não Governamental Acção para o Desenvolvimento e Educação Comunitária (ADECO) assinaram ontem, em Luanda, um protocolo para a construção de um centro de formação para a transformação de produtos agrícolas na província do Namibe.
O protocolo para a construção foi rubricado pelo embaixador do Japão em Angola, Kuniaki Ito, e pelo director executivo da Acção para o Desenvolvimento e Educação Comunitário, Jorge Sapato.
Na cerimónia, o embaixador do Japão em Angola disse que o projecto vai permitir que anualmente 240 pessoas aprendam a trabalhar com a tecnologia de processamento de alimentos na província do Namibe.
Kuniaki Ito disse que no âmbito da cooperação com a FAO, o projecto deve contribuir significativamente para o Plano de Desenvolvimento Económico e Social da província, no período 2013-2017, que visa a diversificação da economia local.
O responsável pelos projectos da Acção para o Desenvolvimento e Educação Comunitária, Amândio Canene, disse que cerca de 100 toneladas de produtos diversos, como tomate, repolho e pepino, têm apodrecido nos campos agrícolas por falta de meios e de uma estratégia para o escoamento. Amândio Canene explicou que os 240 formandos no futuro vão ter a responsabilidade de formar outros agricultores do município do Namibe. O objectivo é mitigar as perdas pós-colheita.
O Governo japonês apoia o Programa de Assistência a Projectos Comunitários desde 1989 em Angola, com o valor de aproximadamente 7.5 milhões de dólares, com o qual tem estado a oferecer assistência aos projectos propostos por vários organismos.
Adubo orgânico no Cuanza Sul
Técnicos da direcção nacional da associação de camponeses UNACA lançaram no final de semana, nos municípios do Amboim e Ebo, a sua experiência do uso do adubo orgânico, com o objectivo de aumentar os índices de produção nas próximas campanhas agrícolas.
O coordenador do projecto, José Luís, adiantou que os peritos fizeram o lançamento da primeira experiência do adubo orgânico a nível da província, com os olhos postos para a protecção da saúde humana e para o grande objectivo da diversificação da economia.
José Luís sublinhou que “o adubo orgânico protege mais o homem em termos de saúde e as circunstâncias do mercado exigem hoje o estímulo e uma aposta no adubo orgânico, porque o preço tem estado a subir com muita frequência, tendo em conta que a aquisição do adubo químico está difícil”.
O Executivo tem feito uma aposta de grande envergadura no sector da agricultura, a nível do país, por forma a contribuir na diversificação da economia, disse José Luís, para acrescentar que a delegação realizou também secções de esclarecimento da nova lei das associações que vem substituir uma legislação do tempo colonial. José Luís louvou a iniciativa do Executivo, que em Agosto de 2015 aprovou as regras que fortificam a actividade camponesa, já que antes não existia nenhuma lei que regulava o funcionamento das cooperativas.