PR quer fim da guerra comercial entre EUA e China

NOVA IORQUE: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NA ABERTURA DO DEBATE GERAL DA 74ª SESSÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS FOTO: PEDRO PARENTE

NOVA IORQUE: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NA ABERTURA DO DEBATE GERAL DA 74ª SESSÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS
FOTO: PEDRO PARENTE

25 Setembro de 2019 | 01h47 – Actualizado em 25 Setembro de 2019 | 01h46

O Presidente da República, João Lourenço, solicitou, em Nova Iorque, o fim da guerra comercial que neste momento opõem os EUA e a China, pelas consequências nefastas que já se fazem sentir na economia mundial.

Ao discursar na 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Estadista angolano solicitou também o fim do embargo económico imposto há décadas a Cuba, por ser injusto à luz do direito Internacional.

Disse não se justificar o embargo económico a Cuba, pelo facto de se ter aberto uma janela de oportunidades e aproximação e regularização das relações.

Em plena sede da ONU, o Presidente João Lourenço reiterou a necessidade de se alargar o número de membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, contemplando também a África e a América do Sul.

Justificou, tal desiderato, pelo facto da actual composição que contemplou na altura as potências vencedoras da segunda guerra mundial, já não reflectir a necessidade de um mais justo equilíbrio geoestratégico mundial.

Na sua explanação, o Estadista angolano defendeu, também, o multilateralismo nas relações internacionais, por entender que só ele contribui efectivamente para a paz e segurança mundial.

Insistiu, com efeito, na necessidade de uma reforma profunda da Organização das Nações Unidas, para que possa melhor cumprir com a grande responsabilidade que tem na gestão e resolução de conflitos e na prevenção das guerras.

Reformas no país.

No seu discurso, destacou as profundas reformas económicas em curso no país, enfatizando que as mesmas visam construir, de facto, um Estado democrático de direito, bem como combater a corrupção e a impunidade e promover a cultura da responsabilidade e prestação de contas pelos servidores públicos.

Notou que elas visam, ainda, criar um ambiente de negócios mais atractivo ao investimento privado nacional e estrangeiro, aumentar a produção interna de bens de primeira necessidade, bem como reduzir as importações.

“Angola está aberta ao mundo, aberta ao investimento estrangeiro em todos os domínios da economia nacional”, observou.

A tensão prevalecente na península, que contínua a por em perigo a paz mundial, mereceu também destaque do discurso do Presidente João Lourenço proferido na sede das Nações Unidas.

A esse respeito, encorajou os esforços diplomáticos que vêm sendo feitos pelas grandes potências mundiais, nomeadamente os EUA, a Rússia e a China, no sentido de se fazer daquela parte do planeta uma zona de paz e segurança.

O Estadista angolano falou do continente africano, que vem sendo assolado pelo terrorismo, sobretudo de cariz fundamentalista religioso que atinge países como o Mali, o Níger, a Nigéria, Chade, República Centro Africana, entre outros.

Defendeu que a comunidade internacional deve também prestar atenção especial à necessidade da normalização da situação na Líbia, pelo facto de os territórios controlados pelas diferentes milícias serem fonte de abastecimento logístico em armas e munições dos grupos fundamentalistas que actuam em África.

Lembrou, por outro lado, que Angola tem procurado dar a sua modesta contribuição na medida do possível na prevenção ou resolução de conflitos, sobretudo na região da SADC, dos grandes Lagos ou da África Central, como foi o mais recente caso do Memorando de Entendimento entre o Ruanda e o Uganda assinado em Luanda.

Segundo o Presidente João Lourenço, tal Memorando “nos parece ser um passo importante na prevenção de um conflito se estava a incubar e na iminência de eclodir”.

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