PR DESMENTE EXISTÊNCIA DE ACTOS DE XENOFOBIA EM ANGOLA

Presidente da República, João Lourenço, preside a Reunião do Conselho de Ministros Foto: Pedro Parente

Presidente da República, João Lourenço, preside a Reunião do Conselho de Ministros
Foto: Pedro Parente

O Presidente da República, João Lourenço, desmentiu esta terça-feira a existência de actos de xenofobia em Angola e considerou “infundados e irrealistas” os receios que apontam para o surgimento de uma campanha nessa direcção.

“Tolerar o racismo e a xenofobia seria negar a nossa própria História”, afirmou o Chefe de Estado ao intervir  hoje na abertura da reunião do Conselho de Ministros.

O debate surge a propósito de pronunciamentos públicos à volta da dupla nacionalidade de alguns dirigentes de partidos políticos e a probabilidade de os mesmos aspirarem concorrer ao cargo de Presidente da República.

O Chefe de Estado deixou claro que para Angola, que pagou um preço muito alto com a perda de vidas humanas e infra-estruturas, pelo seu empenho na luta contra o regime racista e segregacionista da África do Sul (“apartheid”), não é realista e credível falar-se de algum plano de incitamento ao racismo e à xenofobia.

“O Estado está atento, não vê sinais preocupantes, mas se eventualmente surgirem, concerteza que serão combatidos e sanados imediatamente”, alertou João Lourenço, para quem o debate à volta deste falso problema visa fomentar a divisão entre os angolanos.

Vandalização de bens públicos

Sobre esta questão, o Titular do Poder Executivo disse ser vidente que às autoridades competentes vão redobrar os esforços no combate a este novo tipo de crime, com tendência a se generalizar em Angola.

O Presidente João Lourenço disse constatar com preocupação a profanação dos símbolos nacionais e de monumentos de figuras históricas, bem como a destruição, roubo e vandalização de bens públicos.

Entre os bens, destacou habitações, sub-estações eléctricas, postos de transformação de electricidade, escolas, unidades hospitalares e outras infra-estruturas, que existem para servir as populações, e cujos custos de construção foram onerosos ao Estado.

Reprovou e considerou criminosa esta prática, desenvolvida, quase sempre, por jovens com “ganância pelo lucro fácil”, e que não se importam com os danos causados às comunidades  (…).

Apelo aos jovens e às boas práticas 

Na intervenção, João Lourenço sublinhou que no geral, os jovens não destroem, os jovens constroem, pois “construíram a nossa Independência, construíram a paz e a reconciliação nacional, estão hoje a reconstruir as infra-estruturas do país, a construir o presente e o futuro de Angola”.

Apelou aos jovens a não se deixarem levar por maus conselhos, más companhias e a não se tornarem famosos pela negativa, pela prática de actos que em nada dignificam a juventude angolana de quem tanto o país se orgulha.

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