Poliomielite está controlada

Fotografia: Angop

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O Congresso Internacional dos Médicos em Angola começou ontem no Centro de Conferências de Talatona, com a presença do ministro da Saúde José Van-Duném. No seu discurso de abertura dos trabalhos, afirmou que os cuidados primários de saúde são fundamentais e constituem a porta de entrada preferencial das pessoas.

Durante os últimos anos foram alcançados resultados encorajadores, disse o ministro José Van-Dúnem. E destacou que “Angola conseguiu ficar livre da poliomielite consolidando a imunidade das crianças acima dos 80 por cento, através das campanhas de vacinação de rotina e jornadas nacionais de vacinação, além do reforço da vigilância epidemiológica, incluindo a vigilância e a participação activa das comunidades”.
Nos trabalhos do congresso, além dos angolanos, participam médicos de dez países, entre os quais Brasil, Cuba e Portugal. O tema do congresso é “os Desafios da Saúde em Angola no Contexto de um Mundo em Mudança”.
José Van-Duném disse que foram melhorados os indicadores de saúde materna porque mais mulheres tiveram acesso às consulta pré natal, ao tratamento da malária e ao mosquiteiro tratado com insecticida de longa duração. Sublinhou no seu discurso que foram igualmente abertas várias unidades hospitalares de especialidades em algumas províncias. “Alcançámos resultados positivos, como o aumento de serviços nas unidades de saúde para o acompanhamento e tratamento de infectados com Sida e a optimização e expansão do programa de prevenção vertical”, disse o ministro da Saúde, salientando que todos os ganhos só foram possíveis, graças à dedicação e empenho dos profissionais da saúde em geral e dos médicos em particular. José Van-Dúnem referiu que o sector da saúde é um dos principais responsáveis pelo aumento da esperança de vida em Angola, que passou de 48 anos em ambos os sexos em 2008, para 52 anos em 2010, sendo este um dos principais indicadores que mede o nível de desenvolvimento de todo os países do mundo.
O ministro realçou que o desafio agora é garantir “uma vida mais longa com qualidade, melhorando a cobertura e o acesso a cuidados e serviços de saúde garantidos por profissionais qualificados”.
Na sua mensagem ao congresso, o bastonário da Ordem dos Médicos de Angola, Carlos Alberto de Sousa, assegurou que a instituição pretende neste congresso internacional fazer uma discussão serena, firme e consistente de matérias que possa aumentar a elevada concretização dos médicos, face às exigências que a medicina provoca pela sua complexidade e riqueza e aos modelos de organização de atendimento e de prestação de cuidados.
Assistiram à abertura do Congresso Internacional dos Médicos de Angola, a ministra dos Assuntos Parlamentares, Rosa Micolo, o governador de Luanda, Graciano Domingos, o bastonário da Ordem dos Médicos de Angola, Carlos Alberto de Sousa, o bispo D. Anastácio Kahango e deputados à Assembleia Nacional.

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