O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, informou, esta terça-feira, que os resultados do Plano Nacional de Geologia (Planageo) está a despertar o interesse de importantes multinacionais do sector mineiro.

Falando na abertura do workshop sobre “A Diversificação do Sector Mineiro de Angola”, o governante referiu que alguns destes minerais constam das  acções que o Executivo perspectiva para o sector, na sequência da conclusão do referido Plano.

“Além da Angloamerican, Rio Tito, a Tosyali, deverão vir ao país, em breve, outros players interessados em investir no sector. E uma das multinacionais do ramo aguardada em Angola é a De Beers, com a qual as conversações estão na recta final”, destacou.

Outras empresas nacionais e estrangeiras, acrescentou, também estão envolvidas na actividade de prospecção e exploração de ouro, cobre,  gesso, calcário dolo mítico, rochas ornamentais, inerentes e outros.

Diamantino Azevedo explicou que os resultados do Planageo abarcam, numa primeira fase, a prospecção de terras raras, minerais do grupo da platina, cobre, fosfacto e diamantes, o que demonstra claramente que a  actividade mineira fora dos diamantes já é uma realidade.

De acordo com o titular da pasta, especial interesse despertam os minerais de elementos de terras raras e outros considerados de críticos para o desenvolvimento indústrial de países da Europa, América e asiáticos, e essenciais para a transição energética.

No quadro dos desafios do sector, Diamantino Azevedo reitera apoio institucional necessário às empresas do ramo, para permitir maior entrada do investimento nacional e estrangeiro, com projectos que abranjam os diversos segmentos das múltiplas cadeias de valor dos minerais.

O Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 inscreve medidas e metas que visam o fomento e o incremento da actividade de prospecção e exploração de pedras e metais preciosos, rochas ornamentais, agro-minerais e corretores de solo, além de minerais para a construção civil e metais ferrosos.

O referido “instrumento mineralógico” estende-se à cadeia de valor dos diamantes e as rochas ornamentais, onde já se verifica um aumento considerável de actividade de lapidação de diamantes e da transformação de blocos e do seu semi-processamento em chapas polidas e não polidas.

Entretanto, o ministro sublinhou que, entre outras políticas e metas por alcançar, o Executivo busca reduzir a sua presença directa como operador económico na actividade mineira, optimizar o papel das empresas privadas, permitindo a diversificação e o alargamento da base produtiva e contributiva, a curto e longo prazos.

O Workshop de hoje sobre “A Diversificação do Sector Mineiro de Angola” está a analisar o sector mineiro em Angola, projectos de prospecção de metais ferrosos, não ferrosos, fosfacto e outros recursos, no quadro da jornada em alusão ao Dia do “Trabalhador Mineiro”, a assinalar-se a 27 deste mês de Abril.