Paz favorece a indústria

Fotografia: Dombele Bernardo
O parque industrial da província de Cabinda cresceu nos últimos 12 anos e tem actualmente cerca de 127 unidades fabris, declarou na quarta-feira o secretário provincial da Indústria, Geraldo Paulo.
Numa entrevista durante a qual enumerou os ganhos da paz no sector da indústria em Cabinda, Geraldo Paulo disse que, até 4 de Abril de 2002, o parque industrial local circunscrevia-se a pequenas unidades panificadoras e transformadoras de madeira, algumas oficinas mecânicas, serralharias e carpintaria, uma fábrica inoperante de água, em Subando, e outra de sabão, no Fútila.
“Quase todos os esforços do Executivo para insuflar o sector, com realce para a indústria de confecções como a Impex e a Sociborda, assim como para fomentar a indústria de material de construção na região, confrontavam-se com os efeitos negativos da instabilidade político-militar então reinante”, afirmou.
Com o alcance da paz, o sector entrou numa fase de franco crescimento, com o surgimento de novas unidades industriais públicas e privadas, com destaque para a panificadora, que passou de 12 para 57 unidades, a entrada em funcionamento das fábricas de Água Tchowa, de Tubos PVC Cerbab, indústria de ferro e aço, de oxigénio e acetileno, entre outras, constituem ganhos visíveis da paz.
O Pólo Industrial de Cabinda, cujas obras para a infra-estrutura básica tiveram início em Setembro de 2013, é um dos ganhos da paz no domínio da indústria na região, um empreendimento que vai garantir cerca de dois mil empregos directos e indirectos, principalmente entre a juventude.
Orçado em cerca de 3,6 mil milhões de kwanzas, o Pólo Industrial de Fútila vai estender-se por uma área de 112 hectares, recebendo, numa primeira fase, 56 empresas.
Geraldo Paulo referiu-se também à construção das fábricas de óleo de palma e de sabão e sabonete, no município de Buco Zau, como uma prova dos benefícios da paz de que o país desfruta desde há 12 anos.