Parlamento apresenta experiência no combate à covid-19
Angola vai apresentar na 47ª Assembleia do Fórum Parlamentar da SADC, que decorre desde hoje até domingo, a sua experiência na prevenção da pandemia do Covid-19 que assola o planeta desde Dezembro do ano transacto.
A informação foi avançada hoje pela presidente da terceira comissão da Assembleia Nacional, Josefina Pitra Diakité, que falava à imprensa, no âmbito da sessão de abertura do fórum que se realiza por videoconferência, sob o lema “ o papel dos parlamentos no reforço da responsabilidade durante uma pandemia: o caso da covid-19”.
De acordo com a responsável, durante as sessões, Angola irá explicar aos participantes o papel desempenhado pela casa das leis na autorização ao Executivo, para decretar o estado de emergência que vigorou de 27 de Março a 25 de Maio, com vista a reduzir a propagação do vírus pelo país.
Destacou, de igual modo, as medidas adoptadas pela Assembleia Nacional na manutenção das condições da funcionalidade, utilizando as tecnologias de informação, ao realizar as suas sessões plenárias por videoconferência, em obediência das regras da OMS e do Ministério da Saúde para conter a propagação da pandemia.
Para o efeito, foram asseguradas as medidas de biossegurança, que deram conforto aos deputados, para continuar a cumprir com o seu dever, apesar da redução do pessoal em 50 % da totalidade dos trabalhadores dessa instituição legislativa.
A esse respeito, a presidente do Fórum parlamentar da SADC, Esperança Laurinda Francisco Nhiuane, afirmou que a pandemia da Covid-19 ensinou os países a viverem com a crise, adoptando medidas concretas para conter a propagação do vírus.
Apontou o aumento do índice de desemprego e da pobreza como uma das consequências da pandemia, assim como a situação da saúde sexual reprodutiva que afecta a maioria das mulheres da região austral.
A sessão está a abordar a transformação do Fórum parlamentar em parlamento regional, questão que tem conhecido vários entraves por parte de países membros.
Na óptica de Josefina Pitra Diakité, este impasse se deve às varias mudanças que vão ocorrendo nos países em função das eleições e pela falta de segurança dos estados membros em relação ao papel que o parlamento regional poderá desempenhar.
Contudo referiu que através do Fórum foram adoptadas leis modelos contra a violência doméstica, sobre finanças públicas, bem como sobre as eleições gerais, com benefícios para os países membros.