Parceria Angola e Japão entra na segunda fase

Fotografia: António Soares

Fotografia: António Soares

O Projecto de Desminagem e Desenvolvimento implementado pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD) e a organização não-governamental japonesa JMAS iniciou ontem, na comuna  das Mabubas, província do Bengo, a segunda fase das operações de desminagem.

A segunda fase do programa vai até 2017 e compreende a verificação e a desminagem das Mabubas. A cerimónia conjunta de lançamento assinalou o fim da primeira fase, que verificou e desminou 14 hectares. Na ocasião, o governador provincial João Miranda incentivou  os operadores de desminagem a continuarem com o “excelente trabalho” de remoção dos engenhos explosivos.

Desde 2008, altura em que começou  a primeira fase do projecto, foram  destruídas nas Mabubas 46 minas antipessoal, 34 engenhos explosivos e 277 munições. Com os resultados alcançados, foi possível a construção de infra-estruturas e projectos sociais na localidade, como  residências, uma  estação de tratamento de água e permitiu a livre circulação de pessoas e bens.

O relatório, apresentado pelo director geral do Instituto Nacional de Desminagem para a área técnica, José Virgílio Salissala, indica que desde 2008 ao primeiro trimestre deste ano a instituição verificou e desminou a linha de fibra óptica de Caxito ao Porto Quipiri.

No mesmo período, ainda segundo o documento,  fez-se um trabalho idêntico na nova urbanização do Ambriz, poços de abastecimento de água do Dande, Nambuangongo, Quicabo e no troço rodoviário que liga Caxito ao município do Nzeto, na província do Zaire, e ainda nas linhas de alta tensão entre Bucula, Mabubas e Capari, e desvio do Ambriz.

Várias áreas desminadas

O balanço ressalta 30 milhões de metros quadrados de área desminada no Bengo, 208 quilómetros de estrada e 105 de linhas de transporte de energia de alta tensão, com 38 minas antipessoal, 279 antitanque, 1.935 engenhos explosivos e 13.865 munições destruídas.

A parceria entre o Instituto Nacional de Desminagem e a Organização Não Governamental japonesa contribuíram para a formação de quadros angolanos e troca de experiências entre as duas instituições.

A empresas japonesas Toyota, Komatsu e Sumitomo, que financiam o projecto de desminagem, manifestaram o interesse em financiar a segunda parte do projecto.

O conselheiro da Embaixada do Japão em Angola, Takeshi  Kondo, testemunhou a cerimónia de lançamento do projecto.Para o êxito da primeira fase do projecto, o Instituto Nacional de Desminagem contou com 11 técnicos angolanos e igual número de expatriados.

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