Papel do Chefe de Estado apresentado em palestra

Fotografia: Paulo Mulaza

O papel desempenhado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no crescimento da economia angolana, foi tema de uma palestra realizada no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, no quadro dos festejos do seu 72º aniversário natalício, assinalado quinta-feira, 28 de Agosto.

O economista José Pedro de Morais Júnior, que dissertou na palestra, sublinhou as várias medidas pragmáticas tomadas pelo Chefe de Estado angolano, nas mais diversas fases do complexo contexto do país, marcado por um conflito armado destruidor, que perdurou até 2002.

O também consultor destacou a política monetária adoptada pela equipa económica angolana, no quadro da reforma do OGE, numa altura em que o país tinha grande parte dos campos agricultáveis minados e um elevado número de deslocados de guerra.

Segundo o palestrante, o Presidente José Eduardo dos Santos sempre teve problemas complexos para resolver na condução dos destinos do país, que vão desde a guerra até a tranquilização dos espíritos dos cidadãos, passando pela estabilização económica e política.

José Pedro de Morais ressaltou as críticas que eram feitas pelos países ocidentais, segundo as quais Angola estava a viver períodos de exuberância e de esbanjamento de dinheiro, como argumento para inviabilizar a disponibilização de verbas para reconstruir o país.

Neste sentido, falou das condições impostas pelas instituições financeiras internacionais para emprestar dinheiro ao país, lembrando que o Presidente da República teve de encontrar uma fonte de financiamento sem pré-condições, que foi o Eximbank da China, mediante um acordo mutuamente vantajoso.

Entre outras lições a tirar do modo como José Eduardo dos Santos geriu a situação macroeconómica do país, nos primeiros anos pós-guerra, o ex-ministro das Finanças enfatizou o destaque que hoje é dado à competitividade e à diversificação da economia. A palestra foi promovida pelo Grupo de Mulheres dos Órgãos auxiliares do Presidente da República.