Países Baixos pretende supressão de vistos

Fotografia: João Gomes
A ministra do Comércio e da Cooperação Internacional da Holanda, Liliane Ploumene, disse ontem, em Luanda, que o governo holandês está disposta a facilitar a entrada de empresários angolanos no país, através de um acordo de supressão de vistos.
Liliane Ploumene, que falava no final de um encontro com a secretária de Estado das Relações Exteriores para a Cooperação, Ângela Bragança, disse esperar que o Executivo angolano analise o assunto, uma vez que os empresários holandeses pretendem estabelecer parceria com os angolanos.
As empresas holandeses, cujas potencialidades são reconhecidas a nível internacional, segundo Liliane Ploumene, pretendem dar formação aos quadros angolanos para transferência de conhecimento, inovação e reforço de capacidades.
“As nossas empresas têm muito a oferecer, porque têm longa experiência, principalmente nas áreas de petróleo, gás e agricultura”, destacou a ministra holandesa, acrescentado que a Universidade Wageningen, uma das melhores do mundo no ramo da agricultura, pode também ajudar o desenvolvimento de Angola neste sector.
Liliane Ploumene está no país com uma delegação integrada por representantes de 27 empresas. Garantiu que os cidadãos angolanos residentes naquele país desde a altura dos conflitos em Angola continuam a ter o apoio do Governo holandês.
A secretária de Estado das Relações Exteriores para a Cooperação, Ângela Bragança, informou ainda que foi analisada a possibilidade de ser assinado um memorando de consultas políticas para tornar o diálogo mais regular, e de haver mais uma frequência semanal dos voos da companhia holandesa (KLM).
Referiu igualmente que estiveram em abordagem questões migratórias, no âmbito de um acordo de longa data, que ainda se materializa e vai ser avaliado de forma mais específica entre a ministra holandesa e responsáveis de outras estruturas nacionais.
Liliane Ploumene e Ângela Bragança também analisaram questões políticas relativamente ao papel de Angola na pacificação regional e na presidência do Comité dos Grandes Lagos, bem como ao apoio mútuo à candidatura a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.