País com problemas de informação geológica
Angola apresenta ainda problemas de disponibilidade de informação geológica suficiente e em qualidade, assim como de programas específicos de financiamento, principalmente para actividade de prospecção, situação que torna difícil investir no sector mineiro.
Segundo o governo, a resolução destes problemas é tarefa do ministério e de todos os operadores do sector.
No encontro, que serviu para colher contribuições e ouvir os principais problemas dos empresários ligados ao ramo dos minerais, Diamantino Azevedo chamou a atenção dos presentes para necessidade de se diferenciar o que se entende por “anomalia” e por ocorrências.
“É necessário ficarmos todos conscientes de que uma coisa é uma anomalia e outra é uma mina. Não devemos confundir que existência de anomalia e de ocorrências significa vir a ter mina”, esclareceu ao adiantar ser preciso um trabalho árduo e de investigação geológica mineira.
Sublinhou que o Estado tem estado a realizar algumas acções de impacto imediato e outras que venham a ter um impacto a médio e longo prazos.
A nível do sector mineiro, informou que o Estado está empenhado em rever algumas situações nos sub-sectores que já exploram recursos minerais ( diamantes e rochas ornamentais), na reavaliação do Plano Nacional de Geologia e na apreciação de como fazer com que mais empresas se dediquem à prospecção de outros recursos minerais, além dos diamantes, hidrocarbonetos e das rochas ornamentais.
Referiu-se à necessidade de melhorar a qualidade de ensino técnico, médio e superior e pediu aos empresários para prestarem apoio às universidades no que toca aos currículos e na criação de condições para prática dos estudantes.
Ainda sobre os recursos minerais, referiu que a comunidade mineira internacional deposita alguma esperança no país, já que Angola é dos países onde ainda pode ocorrer o surgimento de novos projectos mineiros, com características geológicas que permitam uma exploração mais rentável.
Pediu aos empresários para procurarem parcerias dentro e fora do país, para que possam estar inseridos no mundo competitivo.
“O Estado não tem medidas definidas para resolver os problemas que os empresários possam ter, viemos para em conjunto refletirmos e chegarmos a um entendimento, porque solução não temos”, disse.
O Prodesi é um mecanismo de sincronização das iniciativas do sector privado e o Estado que visam facilitar os requisitos para os negócios , promover a redução dos custos, identificar as oportunidades de negócio , atrair investidores e promover produtos financeiros que possam ajudar a banca nacional.