País com problemas de informação geológica

DIAMANTINO AZEVEDO - MINISTRO DOS PETRÓLEOS E RECURSOS MINERAIS FOTO: GASPAR DOS SANTOS

DIAMANTINO AZEVEDO – MINISTRO DOS PETRÓLEOS E RECURSOS MINERAIS
FOTO: GASPAR DOS SANTOS

Angola apresenta ainda problemas de disponibilidade de informação geológica suficiente e em qualidade, assim como de programas específicos de financiamento, principalmente para actividade de prospecção, situação que torna difícil investir no sector mineiro.

Essa apreciação foi feita nesta sexta-feira pelo ministro dos  Recursos  Minerais e Petróleos , Diamantino Azevedo, quando tecia  algumas  considerações sobre o sector que dirige, no  encontro  de  auscultação da classe empresarial  sobre o programa de apoio à produção, diversificação das exportações e substituição da importações (PRODESI).

Segundo o governo, a resolução destes problemas é tarefa do ministério e de todos os operadores do sector.

No encontro,  que  serviu  para colher contribuições  e ouvir os principais problemas dos empresários  ligados  ao ramo dos minerais,  Diamantino Azevedo  chamou  a  atenção dos presentes  para necessidade de  se diferenciar  o que se  entende por “anomalia”  e por ocorrências.

“É  necessário  ficarmos  todos conscientes  de  que  uma coisa  é uma  anomalia e  outra  é  uma  mina.  Não devemos  confundir  que  existência  de  anomalia e  de  ocorrências  significa vir a ter mina”, esclareceu ao  adiantar ser preciso um trabalho árduo e  de investigação geológica mineira.

Sublinhou  que o Estado tem estado a realizar algumas acções de impacto  imediato e outras  que  venham a ter um impacto a médio e longo prazos.

A nível  do sector mineiro,  informou que o  Estado está  empenhado  em rever algumas  situações  nos sub-sectores  que já exploram recursos minerais ( diamantes e  rochas ornamentais),  na reavaliação  do Plano Nacional de Geologia  e na  apreciação de como fazer  com  que mais empresas  se  dediquem à prospecção de outros recursos  minerais, além dos diamantes,  hidrocarbonetos e  das rochas ornamentais.

Referiu-se  à necessidade de melhorar  a qualidade  de ensino  técnico, médio e superior  e pediu aos empresários  para  prestarem apoio às universidades  no que  toca aos  currículos  e na criação de condições  para prática dos estudantes.

Ainda sobre  os  recursos minerais,  referiu que  a comunidade mineira  internacional  deposita  alguma  esperança  no país,  já que  Angola é dos países  onde  ainda  pode  ocorrer o surgimento de novos projectos  mineiros, com características geológicas que permitam uma exploração mais rentável.

Pediu  aos empresários  para  procurarem parcerias dentro e fora do país, para que  possam  estar  inseridos no mundo competitivo.

“O Estado não tem medidas definidas para resolver os problemas que os empresários  possam ter,  viemos para em conjunto refletirmos  e chegarmos a um entendimento,  porque solução não temos”, disse.

O Prodesi  é  um mecanismo de sincronização das iniciativas  do sector privado  e o Estado que visam facilitar os requisitos  para os negócios , promover a redução dos custos,  identificar as oportunidades de negócio , atrair investidores  e promover  produtos financeiros que possam ajudar a banca nacional.

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