Obras da Boavista a bom ritmo

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, visitou ontem as obras de requalificação da encosta da Boavista.

O Chefe de Estado foi inteirar-se do grau de execução da obra que vai a médio prazo impulsionar a mobilidade na província de Luanda, através da requalificação de um dos troços mais críticos no acesso ao centro da cidade a partir do extremo Norte e a melhoria das ligações às áreas do Miramar, Largo do Ambiente, São Paulo e zona da Cuca.
O Presidente da República recebeu do ministro da Construção, Waldemar Pires Alexandre, explicações sobre o projecto, que está inserido no plano de requalificação do distrito do Sambizanga, cuja primeira fase deve ficar concluída em Outubro.
As obras visam em parte pôr fim à exposição a deslizamentos de terra naquela encosta e ao mau estado crónico da estrada, que está situada numa área geradora de imenso tráfego, dada a presença do Porto de Luanda, a Base da Sonils, as instalações da Sonangol Distribuidora e vários armazéns que abastecem o mercado da capital.
O grande interesse do Chefe de Estado em saber pormenores da obra ficou patente, desde a interligação com outros projectos já executados ou em curso, aos principais constrangimentos. O ministro da Construção apontou o realojamento como um ponto crítico na execução da obra, já que o avanço de determinados projectos depende da transferência das famílias que habitam nas zonas abrangidas.
O ministro disse que são necessárias cerca de seis mil casas para famílias a serem desalojadas da Boavista e arredores, num processo à luz do qual já foram distribuídas três mil habitações sociais no Bairro Zango. Mas o problema do realojamento não se resume à disponibilidade de casas. De acordo com Waldemar Alexandre, foram detectados casos de pessoas de má fé que depois de receberem as casas no Zango, regressaram à Boavista e voltaram a erguer ali casebres na tentativa de ludibriar as autoridades.

Múltiplos projectos

O projecto está dividido em fases e prevê a construção das estradas da Sonils, com uma extensão de 2,13 quilómetros, no troço que dá acesso ao Porto de Luanda com 0,55 quilómetros, a ligação da estrada da Sonils e via expresso Luanda/Kifangondo com extensão de 1,75 quilómetros.
No projecto de protecção e estabilização das encostas da Boavista e Sambizanga enquadra-se também a limpeza das áreas, decapagem, escavação e aterro compactado, passagens hidráulicas e drenagem, serviços de pavimentação, sinalização horizontal e vertical, iluminação pública, passeios, estacionamento e estação de tratamento das águas residuais.
Nessa jornada de campo, o Chefe de Estado foi acompanhado por uma comitiva governamental constituída pelos ministros de Estado, os ministros da Habitação e dos Transportes, o secretário de Estado das Águas, aos quais se juntaram o governador provincial, Graciano Domingos, e o presidente da Comissão Administrativa de Luanda, José Tavares.

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