Novo aeroporto impulsiona parceria

Fotografia: Eduardio Pedro
O futuro aeroporto internacional de Luanda, um dos principais projectos da cooperação entre Angola e a China, vai ser o eixo de uma parceria entre as companhias TAAG e a Emirates à escala global, noticiou a agência Macauhub.
A parceria estratégica TAAG-Emirates, que é assinada em breve em Luanda, prevê a instalação no novo aeroporto de Luanda de uma plataforma para a África Central, que funciona em articulação com o nó do Dubai, dos mais movimentados a nível internacional.
A parceria, destinada a atrair para as duas companhias parte considerável do tráfego regional e internacional de passageiros e carga, prevê uma repartição do movimento e das rotas com origem ou destino em Luanda.
A TAAG concentra as suas operações de Luanda para a Europa e a Emirates da Ásia e América do Sul.
Na prática, a TAAG diminui ou deixa de fazer voos próprios para destinos na China e no Brasil, que passam a ser exploradas pela sua parceira do Emirados.
Destinos como Amesterdão, Londres, Paris, Bruxelas, Frankfurt e Roma (ou Milão) são os novos destinos que a TAAG tenciona explorar na sua operação na Europa.
À frota própria de três Boeing-777-300 a empregar na operação para a Europa, que é reforçada ainda no primeiro semestre com um novo aparelho, podem juntar-se aviões cedidos ou alugados pela Emirates, os Airbus 380, nos voos por exemplo para Lisboa.
O novo aeroporto internacional de Luanda está a ser erguido na comuna de Bom Jesus, Icolo e Bengo. Ju Li Zhao, representante geral em Angola da empresa construtora do aeroporto, Fundo Internacional da China Ltd, afirmou recentemente à Angop que o tráfego anual de passageiros no novo aeroporto situa-se em 1,5 milhões.
A primeira das duas pistas, a norte, que tem 3.800 metros de comprimento, suficiente para descolagem e aterragem de Boeing 747, já está concluída.
A segunda, mais larga e com quatro mil metros de comprimento, é adaptada aos Airbus A-380, disse representante geral da CIF em Angola. O novo aeroporto – com dois terminais, três controlos de tráfego aéreo e quatro instalações de apoio complementares – devem entrar em funcionamento dentro de dois anos.
A África Monitor anunciou que as autoridades angolanas prevêem que a Comissão de Segurança Aérea da União Europeia (CSA) proceda em Maio ao levantamento completo das restrições que ainda impedem a TAAG de operar plenamente para a Europa.