Navio de investigação científica Baía Farta entregue oficialmente ao País

Ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

Ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

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2 Julho de 2019 | 13h44 – Actualizado em 22 Julho de 2019 | 13h44

O Ministério das Pescas e do Mar recebeu definitivamente nesta segunda-feira da empresa Damen, após a assinatura do certificado de entrega definitiva, o navio de investigação científica “Baía Farta”, que esteve em construção na Roménia.

O certificado de entrega foi assinado pelo director do gabinete jurídico do Ministério, Adalberto Miguel e pelo director de serviços Damen, Patrick Kamerman, entidade que esteve encarregue do processo de construção na República da Roménia começou em 2016. A cerimónia foi testemunhada pela ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista.

A construção do navio investigação científica “Baía Farta” está avaliada à volta de 80 milhões de dólares norte-americcanos.

Na cerimónia, Maria Antonieta Baptista disse que o sector está a receber a responsabilidade do terceiro navio do género no mundo, em termos de tecnologia e sofisticação e o primeiro do género em África.

Segundo a titular a pasta, o navio vai custar muito para manutenção, vai obrigar a ter boas iniciativas para o tornar auto sustentável, pelo facto do navio “ser muito útil não só para Angola, para a África e para o mundo”.

Aos tripulantes, a ministra lembrou ser grande a responsabilidade, mas estão procurar conseguir uma outra equipa para ir alternando, “Porque os cruzeiros são muito difíceis e os cientistas, como os da Academia de Pescas do Namibe, muitas vezes serão chamados para participar”.

A ministra referiu que a atenção dos especialistas nacionais e estrangeiros contratados permitiu descobrir 29 inconformidades, na sua maioria já corrigidas e sete vão ser corrigidas durante as provas do mar e cinco ao longo do funcionamento, uma vez que o primeiro ano tem garantia por parte da empresa.

Segundo a ministra, pretendem submeter ao Presidente da República o projecto para lançar ao mar entre finais de Agosto ou a primeira semana de Setembro para as primeiras investigações.

“Sempre que houver problemas de determinado peixe, que manifeste uma determinada doença, tem de saber as coordenadas certas para colher a amostra e fazer a análise. analisa a poluição, detecta quando se está a formar um vulcão, pode apoiar os serviços de meteorologia e muitas mais valências que não podemos imaginar”, disse.

Nesta altura, trabalha com uma equipa estrangeira que faz parte do contrato, em função das garantias, mas assegurou que a tripulação angolana está a ser preparada para entrar em cena na altura do lançamento das provas do mar.

Por seu turno, o director de serviços da empresa Damen, Patrick Kamerman, considerou ser uma honra ter sido seleccionada pelo Ministério das Pescas para construir um navio tão sofisticado e tecnicamente avançado.

Reconheceu a visão do Governo de Angola em adquirir um bem vital para proteger a sustentabilidade dos recursos marítimos para o povo angolano e futuras gerações.

“Hoje é um dia importante para o Baía Farta, apesar de ser magnífica é apenas o início, nos anos vindouros terá que colaborar arduamente para atingir os objectivos estabelecidos”, frisou.

Garantiu que a empresa deverá assegurar a manutenção e apoio técnico nesta fase para manter o navio funcional.

O navio parado, todos os dias é capaz de gastar dois mil e 500 litros de combustíveis.

A embarcação vai realizar trabalhos de pesquisa para permitir conhecer as diversidades de recursos marinhos, o ecossistema da costa angolana e pesca.

Após a sua conclusão na Roménia, o mesmo foi testado no mar negro a uma profundidade de dois mil e 212 metros, bem como a mais de cinco mil metros de profundidade no Oceano Atlântico durante a sua vinda para Angola.

Com 74 metros de comprimento, o navio “Baía Farta” dispõe de uma sala acústica, quatro laboratórios, um ginásio, camarotes duplos, cozinha, área de serviço com 15 monitores de comando e três computadores para o comando do Sonar (aparelho electrónico utilizado geralmente na navegação naval para medir a distância entre a superfície da água e o fundo marinho), cada um dos quais desenvolve trabalhos diferentes.

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