Mirempet cria meios para competitividade da produção do hidrogénio verde

O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás está a criar mecanismos necessários para permitir as entidades intervenientes no processo de produção de hidrogénio verde, em Angola, desenvolvam as actividades com total transparência, segurança e competitividade.

A garantia foi dada pelo titular da pasta, Diamantino Azevedo, durante o acto de  encerramento do Primeiro Simpósio Alemanha-Angola sobre Hidrogénio Verde, que reuniu, quinta-feira, quadros e empresários dos dois países.

Ciente dos desafios  que envolve a  produção do hidrogénio verde, Diamantino Azevedo está também de acordo com a diversificação das energias, que envolvem  os combustíveis fósseis como gás e petróleo, energia eólica, solar, hidroeléctrica e geotérmicas.

Mas para isso, defende o aumento dos investimentos neste sector das energias renováveis em mais 10 vezes do que foi feito até hoje, para que se possa atingir os objectivos traçados relacionados com as energias limpas,  apesar  das energias fósseis continuarem a fazer parte, mais algum tempo, na matriz energética do país.

Desta feita, acredita que a realização do Primeiro Simpósio  Angola-Alemanha, abre grandes oportunidades no país, como a transferência de conhecimentos técnicos e científicos que vão  promover a indústria,usando  as energias limpas.

Estás políticas e  outras medidas, acrescentou, visam reduzir a dependência do petróleo e gás, permitindo assim a diversificação do próprio sector, além de dar  início de forma tangível a questão da transição energética difinida  pelo Presidente da República, João Lourenço, na Cimeira do Clima na Escócia, onde garantiu o compromisso  de Angola em abraçar a produção e consumo de energia limpas provenientes de fontes renováveis.

“Agradecemos o Governo da Alemanha pela parceria estabelecida “win-win” com Angola, no campo do hidrogénio”,  enalteceu Diamantino Azevedo.

Na mesma ocasião, Oliver Rentschler, director-geral de Política Externa sobre o Clima, Economia e Tecnologia do  Ministério Federal Alemão das Relações Exteriores, reiterou o apoio do seu Governo para o reforço da cooperação estabelecida.

Oliver Rentschler falou, de igual modo, da necessidade do reforço  do diálogo sobre as energias, assim como sobre a investigação tecnológica.

O quadro sénior alemão reconhe também o potencial de Angola sobre as energias renováveis, uma oportunidade que para si, abre espaço para parcerias de negócios entre  investidores  dos dois países.

O foco, é o combate às alterações climáticas, defendendo a ajuda mútua entre os países.

Durante o Fórum, especialistas apresentam temas ligados com o hidrogénio verde-um divisor de águas dos países exportadores de combustíveis fósseis, oportunidades e desafios na introdução do hidrogénio verde na África Austral, bem como o  H2 Atlas /África e o potencial de Angola para tornar-se um produtor de hidrogénio verde.

O referido Atlas ilustra o potencial hídrico de Angola,  a disponibilidade de terras não agricultáveis, assim como elementos ligados à questões demográficas, um levantamento feitob pelo Centro Científico da África Austral para as Alterações Climáticas e Gestão Adaptativa da Terra (SSASCAL), Centro de Coordenação H2-Atlas-Africa para SADC.

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