Ministros da SADC e CIRGL decidem moratória para rebeldes da FDLR

Fotografia: JA

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Os ministros dos estados membros da Comunidade dos Países da África Austral (SADC) e da Conferência Inter-regional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) decidiram apresentar uma moratória para que as forças rebeldes da FDLR, na RDC, possam dar provas do seu interesse no processo de desarmamento.

Este facto foi dado a conhecer em declarações à imprensa no final da reunião ministerial conjunta entre a SADC e a CIRGL que a capital angolana acolheu hoje, quarta-feira, pelo seu co-presidente, o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti.

Segundo Georges Chikoti, notou-se que as forças negativas da região foram, de algum modo neutralizadas, mas ainda existe o problemas do FDLR que apresentou, livremente, a sua rendição e desarmamento até o dia 30 de Maio.

“Os resultados desta rendição não são suficientes, porque até agora foram apenas 200 pessoas que se renderam, mas no entanto as estados membros consideraram que isso pode ser aceitável”, disse o ministro.

No entanto, acrescentou que foi fixado um período para um encontro de avaliação, que deverá ter lugar dentro de três meses.

“Durante o qual vamos decidir o que pode ocorrer nos próximos tempos caso não se registem progressos neste sentido, portanto será feito um balanço até a próxima Cimeira, que ocorre dentro dos próximos seis meses”, acrescentou.

Deu ainda a conhecer que este ponto foi discutido longamente porque existia uma ligeira divisão entre os estados que defendem que deveria existir um período muito mais longo de seis messes e, por outro, os que acham que como a proposta da FDLR é voluntária e elas são forças negativas este desarmamento poderia ocorrer num tempo relativamente mais curto.

“Então nós optamos pela posição de reunir-se em três meses e fazer uma avaliação da situação”, disse.

Explicou que esta foi a primeira reunião depois da Cimeira da África do Sul, que ocorreu no final do ano passado. “Nela tentamos atender aquilo que eram as preocupações dos Chefes de Estado relativas a questão da consolidação da paz no leste da RDC”, argumentou.

Disse ainda que os ministros olharam para tudo aquilo que são as operações até hoje desenvolvidas, bem como os resultados militares ocorridos em termos políticos e o que isso representa para a Região dos Grandes Lagos e da SADC.

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