Ministro reitera desburocratização da informação nos órgãos

MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, JOÃO MELO FOTO: ANTONIO ESCRIVAO/ARQUIVO

MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, JOÃO MELO
FOTO: ANTONIO ESCRIVAO/ARQUIVO

12 Março de 2018 | 15h34 – Actualizado em 12 Março de 2018 | 16h48

Uma informação desburocratizada, baseada numa pauta independente e por iniciativa dos órgãos de Comunicação Social, sobretudo públicos, contrária a dependência das coberturas de actividades governamentais e de outras instituições, deve ser empreendida em prol de uma informação mais dinâmica, séria e atraente.

Essa posição foi reafirmada hoje (segunda-feira), nesta cidade, pelo ministro da Comunicação Social, João Melo, durante uma palestra sobre o Discurso Jornalístico da Actualidade, que marcou a abertura do curso de Reportagem Jornalística, promovido pelo Ministério de tutela, em parceria com o Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), que tem por objectivo elevar o nível de competência técnica e profissional dos quadros do sector.

De acordo com o governante, é importante que os órgãos primem por critérios próprios para a elaboração de uma agenda autónoma, sem depender de pedidos de cobertura, onde se deve incluir a reportagem e a promoção do debate plural, sempre em obediência às normas que balizam a profissão.

Durante a sua dissertação, o ministro sublinhou igualmente a necessidade da Televisão, Rádio e Jornal de Angola ordenarem os seus destaques de acordo com a importância de cada matéria, procedimento este que considerou estar já a ser paulatinamente observado.

Quanto à reportagem, João Melo recordou que esse género deve ser devidamente apurado, sendo por isso crucial a documentação do próprio repórter sobre o assunto que vai abordar, de modo a não resvalar na opinião.

A confrontação, ponderação, postura isenta, independente e crítica, para além da não assunção das declarações das fontes como verdades absolutas, entre outros, são, segundo João Melo, os critérios a se ter em conta para a elaboração de uma reportagem atraente, tendo alertado os profissionais no sentido de não agirem ao reboque das redes sociais, em função dos males que daí podem advir.

O titular do sector da Comunicação Social reprovou também a promiscuidade entre jornalistas e diferentes entidades, prática que o ministério pede denúncia, com vista a responsabilizar os implicados.

A palestra contou com a participação dos presidentes dos Conselhos de Administração e jornalistas dos órgãos públicos e privados, bem como de responsáveis de Departamentos de Comunicação Institucional e Imprensa de instituições públicas e das províncias de Malanje, Cuanza Norte e Uíge.

No prosseguimento da sua jornada de trabalho, o ministro da Comunicação Social vai inteirar-se do funcionamento das delegações da ANGOP (Agência Angola Press), da Televisão Pública de Angola (TPA ) das Edições Novembro e da Rádio Malanje.

Acção de género realizou-se recentemente no Huambo, onde além de jornalistas dessa província, foram beneficiados também os do  Bié, Benguela, Cuanza Sul e Cuando Cubango, visando a prestação de um serviço informativo de excelência.

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