Ministro diz que país vai produzir cerca de cinco mil megawatts de energia até 2017
O Executivo angolano estabeleceu uma meta de até 2017 produzir, em todo o território nacional, cerca de cinco mil megawatts de energia eléctrica, com a conclusão dos projectos estruturantes do ciclo combinado do Soyo, Laúca e Capanda, bem como a ampliação da barragem de Cambambe, informou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Em declarações quarta-feira à imprensa no final de uma visita de algumas horas ao Soyo, o governante explicou que com a conclusão da barragem de Laúca que produzirá dois mil e 67 megawatts, Capanda com 500, ampliação de Cambambe, com 960 e o ciclo combinado do Soyo, com 750 megawatts, o país, em particular, e as populações, em geral, estarão garantidas em termos de fornecimento de energia eléctrica.
Explicou que a central a gás do Soyo vai ajudar na redução do custo de produção de energia eléctrica produzida a base de gasóleo (centrais térmicas) que acarreta elevados custos pelo Executivo.
“O ciclo combinado do Soyo vai aproveitar o gás produzido pela empresa Angola LNG, que é um combustível muito barato e limpo para fazer um duplo aproveitamento das fontes de gás e hídricas, evitando, deste modo, algumas dependências em momentos de estiagem (difíceis) que o país tem vivido.
“Quer dizer que esta combinação entre recursos hídricos e gás vai permitir que haja um abastecimento de uma energia mais estável, segura e limpa”, reforçou o ministro.
Segundo afirmou, com os cinco mil megawatts de energia previstos até 2017, o país poderá reduzir drasticamente a utilização da energia produzida das centrais térmicas, bem como melhorar o défice de fornecimento de energia à capital do país (Luanda) que consome cerca de 70 porcento da energia produzida no país.
Acrescentou que estes projectos energéticos serão complementados com a construção de novas redes de distribuição e subestações em diversas localidades do país.
Realçou que depois de 2017, o programa do Executivo angolano aprovado até 2025 prevê cobrir 60 porcento da população do país, num universo de 14 milhões de habitantes residentes em zonas urbanas e rurais.
Neste período, aferiu, o país já estará a produzir nove mil megawatts de energia, atendendo o projecto da construção da central hídrica de Caculo e Cabassa, a partir do rio Kwanza.