Ministro defende redução do tempo

Fotografia: Fernando Camilo

Fotografia: Fernando Camilo

O ministro dos Petróleos, José Botelho de Vasconcelos, disse em Porto Amboim que há necessidade de se encurtar o tempo entre a declaração da descoberta comercial e o início da produção. Botelho de Vasconcelos fez estas declarações na cerimónia de baptismo da unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga de petróleo FPSO Ngoma.

O projecto do pólo oeste do bloco 15/06, onde está a unidade, demonstra ser possível a execução de alguns projectos em tempo mais curto do que tem sido a média, que é de oito anos.   “Urge reflectir sobre a necessidade de se encurtar o tempo entre a declaração de descoberta comercial dos campos e o início de produção”, salientou, lembrando que a questão foi uma das recomendações do Décimo Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Petróleos, realizado em Maio, na cidade do Lobito.

Desde a declaração de descoberta comercial do primeiro dos quatro campos da área de desenvolvimento do pólo oeste até ao primeiro óleo já passaram quatro anos. De acordo com o ministro, é preciso reflectir sobre o tempo necessário para o desenvolvimento dos campos descobertos.

O bloco 15/06, cuja primeira descoberta comercial data de 2010, tem nos seus activos oito descobertas comerciais de petróleo, e o início de produção representa um marco importante para o desenvolvimento das descobertas daquele bloco. A produção do Bloco 15/06, estimada em 100 mil barris de petróleo por dia, vai contribuir igualmente para o alcance da meta de produção preconizada para 2015 e para os anos subsequentes.

A propósito do baptismo da unidade FPSO Ngoma nos estaleiros da Paenal, o ministro reconheceu que a sua instalação no local tem um significado importante para o sector petrolífero. O projecto está actualmente na ordem dos 28 por cento daquilo que é o seu valor global, 4,6 mil milhões de dólares.

Os investimentos que têm sido feitos, em parceria com o sector privado, vão reforçar o crescimento do sector petrolífero. A instituição aposta também na formação de quadros nacionais para garantir o desenvolvimento tecnológico angolano no sector petrolífero.

“Temos de pensar de forma séria na componente da formação técnica dos quadros angolanos ligados ao sector petrolífero, para que estes respondam às exigências actuais”, afirmou. O processo de “angolanização” do sector petrolífero passa pela transferência de tecnologias das empresas estrangeiras que operam em Angola.

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