Ministro da Defesa quer FAA à altura dos novos desafios

MINISTRO DA DEFESA NACIONAL E VETERANOS DA PÁTRIA, JOÃO ERNESTO DOS SANTOS (ARQUIVO).
FOTO: ROSARIO DOS SANTOS
O ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, reafirmou, esta sexta-feira, a aposta no redimensionamento das Forças Armadas Angolanas (FAA), para estarem à altura dos desafios que a sociedade impõe.
O governante falava na cerimónia de homenagem aos soldados tombados na Luta de Libertação Nacional, em alusão ao 9 de Outubro, dia da formação do Exército Nacional Único – Forças Armadas Angolanas (FAA).
“Queremos umas FAA mais modernas e capazes de estar à altura dos novos desafios”, expressou o ministro.
Ressaltou, também, a aposta na formação de quadros, com a implantação, no país, da Escola de Ensino Superior, que tem estado a formar oficiais generais e superiores das FAA.
Fez saber ainda que outros oficiais generais, superiores e também cadetes têm sido enviados em países como Rússia e Cuba, para darem seguimento à sua formação em diversas especialidades.
Segundo o ministro, o departamento ministerial que dirige tem prestado mais atenção à situação social dos efectivos das FAA, quer a nível das unidades de subordinação central quer a nível das diversas regiões do país.
Entretanto, o comandante do Exército, general Jaque Raúl, indicou que, ao longo desses 29 anos, o exército tem cumprido com a sua missão, nomeadamente a defesa do território, missões públicas (situações de calamidade), apoio à população e participação nas diferentes operações de manutenção de paz.
Já o comandante da Marinha de Guerra Angolana (MGA), almirante João Pedro da Cunha Júnior, manifestou a necessidade de se trabalhar para o melhoramento desse ramo em termos de disciplina, organização e direcção.
Noutra vertente, o comandante da Força Aérea Nacional (FAN), general Altino Carlos Santos, indicou que esse ramo das FAA requer uma grande capacidade económica, que ainda não tem.
Ao abrigo dos Acordos de Bicesse, as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) fundiram-se, em 1991, num Exército Nacional único, dando origem as Forças Armadas Angolanas (FAA).
O processo de criação das FAA teve início tão logo entrou em vigor o cessar-fogo e, conforme os Acordos de Bicesse, envolveu o período de formação de quadros, que terminou com a extinção formal das FAPLA e das FALA, cuja declaração foi feita em 27 de Setembro de 1992.
Com o acto, foram empossados, no dia seguinte, os generais João Baptista de Matos, pelas FAPLA, e Arlindo Chenda Pena “Ben Ben”, pela UNITA.
Como as outras forças armadas regulares e modernas do mundo, as FAA são constituídas por três armas: o Exército, a Força Aérea e a Marinha de Guerra.