Ministério cria mecanismos para potenciar investigação científica
09 Outubro de 2020 | 16h11 – Actualizado em 09 Outubro de 2020 | 16h13
O executivo angolano está a criar mecanismos que visam potenciar projectos de desenvolvimento da ciência e tecnologia nas instituições do ensino superior públicas e privadas, por meio de agências de financiamentos internas e externas, informou hoje, no Lubango, província da Huíla, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Sambo.
Com a captação deste financiamento, conforme a ministra, vai procurar-se melhorar a qualidade do espaço de produção científica e de investigação no seio de investigadores, estudantes universitários e não só.
Falando aos jornalistas após inauguração do Centro da Ciência e Tecnologia da Huíla, com mais de 60 peças em museologia, por ocasião dos 45 anos da independência nacional, que se assinalam a 11 de Novembro próximo, sublinhou que o processo “caminha a passos largos e sonho para ser concretizado”, apesar de não avançar datas para o início desses investimentos.
Observou que país está a atravessar um período de reforma administrava do Estado e nesse quadro deve preparar-se as condições para obtenção deste financiamento para a ciência, à semelhança do que acontece noutros países.
Conforme a governante, actualmente o financiamento da investigação científica é de escala nacional, a partir do Orçamento Geral do Estado (OGE), e muitas vezes insuficientes para dar resposta ao programa de desenvolvimento científico e tecnológico que se pretende no país.
Acrescentou que, nesta altura, captam-se os fundos internos e externos e, posteriormente, fazem-se editais e só assim abrem-se candidaturas para projectos de investigação, com requisitos necessários que serão analisados por um júri e aqueles que forem os melhores, de acordo com os financiamentos, serão aprovados.
A governante anunciou que, dentro de dias, o sector vai apresentar projectos de investigação cientifica dos países de desenvolvimento da África Austral, denominado SASSCAL (Weather stations in Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia, África do Sul), que integra investigadores angolanos, com apoio do governo Alemão.
Em relação à inauguração do Centro da Ciência e Tecnologia (CCT) sob o lema: “Angola 45 anos, unidade, estabilidade e desenvolvimento”, afirmou que representa um leque de opções, de colecções biológicas, para a divulgação da ciência onde qualquer indivíduo de qualquer grupo etário pode e conhecer aquilo que existe na natureza.
Segundo ela, trata-se da transformação CIBEA, do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla, num museu de história natural, cuja concretização é resultado de um acordo de cooperação estabelecido há quatro anos com a Universidade do Porto.
Maria do Rosário Sambo elogiou o governo da Huíla, por ter feito o aproveitamento de um espaço que estava deteriorado, para a divulgação da ciência e para a investigação científica.
A inauguração da infra-estrutura foi testemunhada pelo ministro do Estado e chefe da casa civil do Presidente da Republica, Adão de Almeida, o presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, e outras individualidades.