”Memórias de Dino Matross” com nova edição

Fotografia: José Soares

Fotografia: José Soares

A luta armada de libertação nacional foi o primeiro momento para a afirmação do povo angolano e a fonte inspiradora para o resgate da nossa História e do ego nacional”, afirmou em Luanda o secretário-geral do MPLA, Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, no lançamento da segunda edição do seu livro “Memórias”.

Dino Matross referiu que as experiências vividas na luta de libertação devem ser narradas, investigadas e estudadas, para conhecimento da presente e gerações vindouras e para fazerem parte do património histórico e revolucionário do país.
“As gerações que hoje vivem no contexto das novas tecnologias de informação precisam de ser mobilizadas para que possam, através das redes sociais, difundir e eternizar a História de Angola e os feitos patrióticos”, disse o autor.
A segunda edição das “Memórias de Dino Matross” surge com o objectivo de partilhar novos momentos que marcaram a trajectória da luta de libertação nacional.
A segunda edição tem uma nova bibliografia, ligada ao período entre 1961e1971, novas fotografias e novos depoimentos de compatriotas sobre epopeias históricas que levaram à independência de Angola. Dino Matross pediu honra e glória aos heróis do 4 de Fevereiro, fazendo especial menção ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, e ao actual Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, pelo empenho na preservação da memória colectiva da independência, soberania e paz em Angola. A primeira edição de “Memórias de Dino Matross” foi publicada em 2005. A segunda aparece em versão melhorada com três capítulos, onde o autor retrata Angola no período colonial, a sua fuga para o exterior e a abertura da Frente Leste e da III e V Regiões Político-Militares.
A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, que fez a apresentação da obra, sublinhou que o autor põe à disposição da sociedade um documento que incentiva os jovens a conhecerem os caminhos percorridos, as dificuldades, as ansiedades e a esperança dos jovens combatentes que tornaram Angola independente. Rosa Cruz e Silva referiu que os acontecimentos narrados servem de referência aos estudiosos das ciências sociais.
Julião Mateus Paulo “Dino Matross” homenageou Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, “um amigo, patriota e grande camarada”, com quem partilhou experiências e percorreu uma longa trajectória de vida e luta. No livro, disse Dino Matross, encontram-se várias cartas escritas por Afonso Mbinda, dirigidas ao autor, além de várias fotografias da época.
O autor mencionou uma carta, enviada por Afonso Van-Dúnem “Mbinda” no dia 5 de Outubro de 1966, relatando as dificuldades da luta. A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês, agradeceu ao autor a oportunidade de rever memórias e pediu que o espírito nacionalista perdure, o passado seja preservado e Angola continue a dar passos para o bem-estar de todos.

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