MED prevê alfabetizar 500 mil cidadãos

Ana Paula Tuavanje Elias, Ministra da Educação FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

Ana Paula Tuavanje Elias, Ministra da Educação
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

06 Janeiro de 2020 | 14h11 – Actualizado em 06 Janeiro de 2020 | 16h18

Quinhentos mil cidadãos serão alfabetizados no presente ano lectivo no subsistema de ensino de adultos, no âmbito do Plano de Acção do Ministério da Educação (MED) para a intensificação da alfabetização de jovens e adultos a nível nacional.

Esses dados foram avançados hoje (segunda-feira), em Luanda, à Angop, pelo director nacional de Ensino de Adultos, Evaristo Pedro, que revelou estarem já identificados 9.600 alfabetizadores que deverão aumentar em função da resposta da mobilização que está a ser feita a nível das comunidades.

O director nacional do Ensino de Adultos falava por ocasião do acto de abertura do seminário nacional de capacitação de formadores provinciais para a generalização do I ciclo do ensino secundário de adultos.

Evaristo Pedro fez saber que o processo é uma mais-valia pelo facto de que os jovens e adultos que tenham apenas a 6ª classe passam ter a oportunidade de concluir o I Ciclo do ensino secundário em apenas dois anos na modalidade de aceleração.

Por seu turno, a ministra da Educação, Ana Paula Tuavanje Elias, que presidia ao acto de abertura do evento, afirmou que com a generalização do processo o país estará em condições de acelerar a aprendizagem e nivelar o perfil académico dos professores com a categoria de auxiliar, tendo em atenção o previsto no actual estatuto da carreira docente e na Lei de Bases do Subsistema de Educação.

Referiu que no quadro da Agenda 2030, dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), o sector vai aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilitações relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para o emprego, trabalho decente e empreendedorismo.

Do mesmo modo, vai permitir eliminar as disparidades de género na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos nativos e crianças em situação de vulnerabilidade.

O Executivo angolano está preocupado com a formação dos jovens, adultos e outras franjas da sociedade, com realce para as raparigas nas zonas rurais e peri-urbanas para sua inserção na vida activa.

Apesar dos inúmeros constrangimentos que têm dificultado o pagamento dos subsídios dos alfabetizadores, bem como a aquisição dos meios de ensino, a monitoria e supervisão pedagógica, o Executivo está engajado em trabalhar com todas as forças vivas da sociedade para estancar a actual situação a curto prazo.

Participam do processo formativo, com duração de cinco dias, mais de 150 formadores de professores do I ciclo do ensino secundário que vão replicar os conhecimentos a outros formadores.

FacebookTwitterGoogle+