Material usado por Cuba no Museu Militar

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

Um conjunto de material utilizado por militares cubanos durante a luta de libertação pela independência nacional e pela defesa da soberania foi entregue ontem, em Luanda, ao ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, pela embaixadora de Cuba em Angola, Gizela García Rivera, em cerimónia realizada no Museu Nacional de História Militar.

Segundo apurou o Jornal de Angola, trata-se de um conjunto de meios do qual constam a bússola de marca “SILVA”, usada pelo comandante Raúl Dias-Arguelles durante a sua campanha militar em Angola, onde morreu a 11 de Dezembro de 1975, fragmentos do avião MIRAGE-I sul-africano abatido a sul de Menongue, a 20 de Fevereiro de 1988, um mapa da Batalha do Cuito Cuanavale, com a composição das partes no terreno de operações e a carta remetida aos combatentes cubanos que cumpriam missão internacionalista em Angola, assinada pelo Comandante-em-Chefe, Fidel Castro Ruz, e pelo general de exército Raúl Castro Ruz.

Ao intervir na cerimónia, o ministro João Lourenço disse que o acervo do Museu Nacional de História Militar fica a partir de agora mais rico por receber algumas peças de museu que estavam em posse das autoridades cubanas, mas que testemunham melhor que mil palavras a contribuição que os cubanos prestaram ao povo angolano na luta pela manutenção da sua independência e soberania. João Lourenço não escondeu que gostava, sobretudo, que os jovens, ao visitarem o Museu, tivessem a apreciação real do quanto o povo cubano ajudou o povo angolano ao longo de décadas, e que se mantém até hoje.A embaixadora de Cuba em Angola afirmou que 2.077 cubanos morreram em Angola, durante o apoio que prestaram aos seus irmãos angolanos na luta pela defesa da Independência Nacional e integridade territorial.

Gizela García Rivera lembrou que dezenas de milhares de efectivos no serviço militar activo e na reserva cumpriram voluntariamente um dever internacionalista junto dos oficiais das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba e estiveram ombro a ombro junto dos seus irmãos angolanos nas principais batalhas travadas no país. “Centenas de milhares de cooperantes civis estiveram e estão em Angola, oferecendo o seu contributo desde os primeiros e mais difíceis momentos do país”, disse.

Gizela García Rivera acrescentou que os materiais entregues “são testemunhos desta história comum que nos orgulha”.
Em conformidade com a histórica e lendária amizade entre os dois povos, a entrega do material não tem nenhuma contrapartida. “Só pedimos aos que recebem esses materiais, alguns deles de alta importância histórica e sentimental para o povo de Cuba, que os mostrem e não os deixem esquecer no tempo”, disse.

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