Mais incentivos aos exportadores
Os operadores da indústria de extracção de rochas ornamentais no país precisam de isenções fiscais na exportação dos seus produtos, defendeu o presidente do Conselho da Administração da empresa “Angostone”.
Carlos Alberto Gonçalves, que dissertava, na cidade do Lubango, sobre o papel das empresas mineiras no processo de diversificação da economia, garantiu que o sector dispõe de capacidade para dinamizar a diversificação da economia nacional, “mas é preciso que o Estado crie mais incentivos. As elevadas taxas levam muitos produtores a paralisarem a actividade de venda no exterior, já que não dá para cobrir os custos e obter lucros”.
Em declarações à Angop, Carlos Gonçalves defendeu que o Estado deve criar incentivos para este sector produtivo com a redução das taxas de exportação no Porto do Namibe, actualmente fixadas em 31 dólares por metro cúbico.
Para o gestor, o sector mineiro joga um papel importante no crescimento de qualquer país e “é nesta perspectiva que as empresas de extracção de rochas estão a trabalhar, não só para fazer crescer o país, mas também para apoiar as comunidades com acções sociais”.
Neste momento, sublinhou o gestor, o sector enfrenta uma crise no mercado internacional, na medida em que os operadores são obrigados a competir com outros produtores que beneficiam de isenções fiscais dos seus governos. Em locais como Espanha, China, Portugal e Itália, onde o produto angolano liderava a preferência, outros concorrentes do mercado acabam por conquistar a preferência do consumidor local. Carlos Gonçalves reconhece que o Governo angolano tem envidado um esforço considerável para melhorar o ambiente de negócio, “mas ainda é insuficiente”, diante da concorrência imposta por outros operadores do mercado internacional.
Para o gestor, a indústria extractiva de rochas ornamentais (granito) constitui uma das principais fontes de geração de emprego, na região sul de Angola, sobretudo, para a população mais jovem que procura a primeira oportunidade no mercado de trabalho. Na província da Huíla, existem 16 empresas que realizam a exploração e transformação de rochas ornamentais.