Mais de dois mil refugiados aderem ao repatriamento organizado

REGRESSO DOS REFUGIADOS DA RDC
FOTO: ASSIS KITUTA
05 Setembro de 2019 | 15h19 – Actualizado em 05 Setembro de 2019 | 15h51
Mais de dois mil refugiados congoleses democratas assentados no campo do Lóvua, Lunda Norte, serão repatriados, de forma organizada, a partir do dia 16 de Setembro do ano em curso, numa acção coordenada pelo Alto Comissariado das Nações Unidades para os Refugiados (ACNUR).
No quadro desse processo cada emigrado deverá receber um kit de reintegração e cerca de 200 dólares norte-americanos, assegurados pelo ACNUR que cria, igualmente, as condições de transportes, alimentação, assistência médica, bem como oferece água e proporciona centros de trânsitos.
Esse grupo, um total de 700 famílias, não aderiram ao repatriamento voluntário e espontâneo, que teve início a 19 de Agosto.
São no total 18 mil e 800, dos 23 mil e 684 refugiados que decidiram, unilateralmente, regressar no seu país de origem, tendo já regressado 11 mil e 910 até terça-feira, 3, do mês em curso.
Tham Daniel Roger, responsável do escritório do ACNUR na Lunda Norte, afirmou que estão a ser criadas as condições para que o processo decorra sem sobressaltos.
Informou que uma equipa do ACNUR está a registar os refugiados e/ou famílias que queiram aderir ao repatriamento organizado e aqueles que querem permanecer em Angola.
A migração dos cidadãos congoleses para Angola derivou da violência generalizada causada por tensões políticas e étnicas na RDC, em 2017.