Mais de 1.500 empresas passam para economia formal
O Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) permitiu que 1.557 micro- empreendedores e empresas passassem para a economia formal, facilitando a criação de 2.758 empregos, dos quais 1.246 empregadas são mulheres.
Essa informação foi dada hoje pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, quando discursava no acto de abertura do workshop sobre “Empreendedorismo feminino”.
O gestor público fez saber que, no âmbito desse programa, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disponibilizou, adicionalmente, 165 milhões de dólares para apoiar na diversificação da economia angolana, sendo 20% do montante destinados para projectos liderados por mulheres.
Referiu ainda que o país não pode somente fomentar o surgimento de mulheres empreendedoras sem efectivamente assegurar o apoio em termos de capacitação, financiamento, acesso ao mercado interno e externo.
Para si, esses apoios constituem uma forma de melhor se concretizar os seus negócios e, acima de tudo, sonhos. “ O Executivo angolano, nos últimos anos, procurou apostar no apoio ao fomento ao empreendedorismo no feminino”, afirmou o responsável.
No âmbito do PREI, a aposta consistiu, através do INAPEM e parceiros, na capacitação de mulheres empreendedoras, com destaque para a formação de 745 mulheres em Sistema Agro-alimentar & Cadeias de Valor, 322 em formação de formadores e gestores de cooperativas na ferramenta, 75 em mentoria de jovens & mulheres agro-empreendedores, 39 em capacitação em elaboração de planos de negócios rural invest (39), entre outras formações.
O Ministério da Economia e Planeamento vai continuar, segundo ministro, a apoiar, através do INAPEM, as mulheres empreendedoras com formações especificas, na formalização da sua actividade e no acesso ao microcrédito e financiamento para a sustentabilidade dos seus negócios.
No encontro, a reapresentaste adjunta do PNUD em Angola, Mimosa Rangers, disse que os dados de 2021, a nível global, indicam que as mulheres em lugares-chaves são 25,6 % em assentos parlamentares, 36,3 em governos locais e 28,2% em gestão administrativa.
Angola é o país com a maior taxa mundial de actividade empreendedora feminina, onde cerca da 50% das mulheres começou ou teve intenção de começar algum tipo de negócio, contrastando com o número alto no sector informal da economia contra o baixo no sector formal, que está ainda a quem do ideal.