Mais angolanos regressam ao país

Fotografia: Adolfo Dumbo

Um grupo de 44 famílias angolanas, com 188 pessoas no total, provenientes da República Democrática do Congo, onde viviam na condição refugiados, foi instalado no centro de acolhimento de Quinzau.

O director provincial no Zaire da Assistência e Reinserção Social disse que estes angolanos, regressados à margem da segunda fase do processo de repatriamento voluntário organizado pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), após obterem as cédulas pessoais e os Bilhetes de Identidade e receberem utensílios de cozinha e produtos alimentares seguem para as zonas de origem.
Manuel António afirmou que foi constituída uma comissão multissectorial responsável por criar as condições essenciais para o realojamento dos ex-refugiados nas terras de origem.
O responsável elogiou o trabalho desenvolvido pelas Administrações Municipais e Comunais no processo de realojamento das famílias regressadas, principalmente a nível de distribuição de terrenos para a agricultura e de chapas de zinco para a autoconstrução dirigida, bem como na inserção das crianças no sistema normal de ensino. O coordenador do repatriamento do ACNUR em Angola disse haver 6.500 angolanos que vivem na RDC que querem regressar às províncias do Zaire e do Uíge.
César Castro declarou que muitos angolanos residentes na República Democrática do Congo na condição de refugiados que manifestaram desejo de regressar ao país ainda não o fizeram por não terem conseguido ainda documentação que prove a sua nacionalidade. Como exemplo mencionou o caso de 317 candidatos ao regresso voluntário, dos quais apenas 188 conseguiram apresentar documentos legais.
César Castro garantiu que o ACNUR em Angola está preparado para prestar apoio logístico e protecção aos candidatos ao regresso ao país. Também afirmou que em Kinshasa há um escritório do ACNUR que ajuda os angolanos que estão na RDC localizarem as famílias. A partir dos Centros de Acolhimento, disse, acompanhamos os processos dos ex-refugiados para lhes garantir um regresso digno às áreas de origem.